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O Ilumina entrevista Felipe Coutinho da AEPET

A tentativa de desgastar a imagem da Petrobrás pode estar alinhada ao interesse de privatizá-la.

Publicado em 22/06/2022
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Felipe Coutinho, vice presidente da AEPET concedeu entrevista a Renato Queiroz, do Instituto Ilumina.

Felipe obrigado por essa oportunidade da entrevista. Primeiramente qual a sua avaliação desse movimento liderado pelo governo federal com o aval do presidente da Câmara dos deputados em culpar a Petrobras pelos aumentos preços dos combustíveis no Brasil?

O governo federal é quem controla a Petrobrás, nomeia a maioria dos conselheiros de administração, os presidentes do Conselho e da companhia. Ou seja, é o governo quem determina as estratégias e políticas adotadas pela Petrobrás, entre elas a política de preços dos combustíveis. Não faz sentido o governo, ou seus aliados, culparem os diretores e conselheiros que foram nomeados pelo próprio governo e que mantiveram a política de Preços Paritários de Importação (PPI) durante os últimos três anos e meio. Para mudar essa ou qualquer outra política administrativa da estatal basta nomear profissionais alinhados com os objetivos que se pretende. Parece que se trata de criar uma cortina de fumaça para ocultar os verdadeiros responsáveis pelos preços dos combustíveis no país.

Você avalia que essa situação que o governo tem criado em pressionar a Petrobras colocando a Empresa como vilã tem alguma relação com o interesse do ministério da Economia em privatizar a Petrobras?

A tentativa de desgastar a imagem da Petrobrás pode estar alinhada ao interesse de privatizá-la. No entanto, os argumentos são tão fracos que as contradições dessa iniciativa podem trazer o efeito contrário. A maioria da população é contra a privatização da Petrobrás e com a evidência da sua importância para controlar a inflação, promover o crescimento e o desenvolvimento, a consciência popular pode se fortalecer em defesa da Petrobrás a serviço dos interesses nacionais.

Na avaliação da AEPET teria algum mecanismo para minimizar esses repasses dos aumentos do Petróleo no exterior para o mercado brasileiro?

Sim, basta deixar de adotar essa política de preços que era inédita e foi adotada apenas a partir de outubro de 2016. O objetivo histórico da Petrobrás sempre foi abastecer o mercado brasileiro de combustíveis, aos menores custos possíveis. Esse objetivo precisa ser restituído e a partir daí se adotar outra política de preços, como os Preços Justos e Competitivos que foram propostos pela AEPET. Preços definidos a partir dos custos da Petrobrás e competitivos para abastecer o mercado doméstico ou para exportação, com valor agregado, em substituição a exportação de petróleo cru.

Fonte: Ilumina

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