O recorde do pré-sal e a pressa em entregá-lo
Produção na camada superou pela primeira vez mais da metade da produção nacional.
A Agência Nacional do Petróleo (ANP) informou nesta quarta-feira (31) que a produção de óleo e gás nos campos da camada superou em dezembro, pela primeira vez, mais da metade da produção nacional. Naquele mês, os poços brasileiros geraram 3,325 milhões em barris de óleo equivalente por dia (boe/d, soma das produções de óleo e de gás natural), sendo 1,685 milhão de boe/d (50,7%) do pré-sal.
Vale lembrar que o pré-sal já havia obtido outros marcos importantes em dezembro. A Petrobrás e suas parceiras conseguiram dois recordes na camada: o mensal (1,36 milhão de barris de petróleo diários ao todo); e o diário de 1,48 milhão de bpd, no dia 4 de dezembro. A média anual da produção operada (que abrange a parcela da Petrobrás e seus parceiros) no pré-sal também foi a maior da história da companhia: 1,29 milhão de bpd.
Para o geólogo Luciano Chagas, a produção elevada é fruto dos investimentos na produção deste reservatório há 7 anos e, portanto, a gestão atual da Petrobras não contribuiu em nada para gerar tal número.
Segundo Chagas, “a se manter a produção de dezembro de 1,685 milhões/boe/dia ao preço atual de U$ 64,39 -light sweet crude oil- , em 365 dias o Brasil deixará de importar o equivalente a U$ 39,6 bilhões (365 x 1685000 x 64,39) ou R$ 125,5 bilhões ao dólar comercial cotado a R$3,17. Considerando que estão previsto mais 200 mil barris/dia incrementais em 2018 (também produto de investimentos feitos há mais de 7 anos) teremos que acrescer ao montante, anualizando os valores, mais U$ 4,7 bilhões perfazendo U$ 44,3 bilhões ou R$ 140,4 bilhões ou seja um valor 14 vezes mais que o Pullen Parente e séquito pagarão nos EUA por uma pretensa desfavorável sentença de uma Petrobras inocente que se declara culpada por delitos de outrem, ou por flutuação de preço do petróleo no mercado caracterizado por incertezas e risco”, enfatiza o geólogo.
Com informações da ANP e do Petronotícias
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