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Onde nos levará a equipe de transição?

Serão estes agentes estrangeiros que nortearão a recuperação da soberania e a dignidade dos brasileiros?

Publicado em 17/11/2022
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Ao longo do último século, o planejamento ganhou consistência, força e possibilitou ganhos, inclusive para quem dele se serviu para galgar o poder no mundo capitalista e o depreciou em seguida: as finanças apátridas.

Porém planejar corretamente gera um sem número de vantagens, para quem o faz competentemente. E a ausência de prática não ajuda a formar competência. O que observamos, neste momento que se forma a equipe que promoverá a mudança de governos e de objetivos, decorrentes das eleições de outubro, é o descaminho que muito nos surpreenderá que proporcione um bom início de terceiro mandato presidencial para o incontestável líder Luiz Inácio Lula da Silva.
Na literatura política sempre se exige uma liderança, um partido bem estruturado, ou ambos, mas a programação, os eventos ficam um tanto ao sabor dos fatos.

Na Introdução que Renato Janine Ribeiro escreve sobre "Lembranças de 1848", de Alexis de Tocqueville ("A política teatral"), lê-se: se Hobbes é representativo de uma tendência da política moderna (direito de mandar) e as competições nos dizem ter o melhor e o mais apto, nem por isso escapamos do governo dos medíocres, da mera defesa da ordem pela ordem.

Tem-se nítido no mundo do século XXI a decadência do Atlântico Norte e o despontar poderoso da Ásia: China, Vietnã, Índia, especialmente o primeiro.

O Ocidente trocou a produção pela especulação, o risco do improviso ao invés de programar a abundância. O resultado está na pobreza, no desemprego, na incapacidade competitiva e na guerra.

O Oriente, com quase três quartos da população mundial para alimentar não podia se dar ao luxo de especular, desenvolveu o planejamento, o uso programado dos recursos e a maior habilitação em todas as fases da produção, do desenvolvimento tecnológico à conquista dos mercados. Hoje a República Popular da China (RPCh) considera ter superado a "construção" tendo obtido a "concretização" integral de uma sociedade moderadamente próspera.

Mas é o momento de planejar a nova fase: remover os obstáculos e deficiências referentes a conceitos e ideologia defasadas, romper barreiras de interesses, absorver as experiências e aproveitar os frutos acumulados pela humanidade, pelos meios científicos e mecanismos sistematicamente colocados à prova das realidades.

O Brasil nos últimos cinquenta anos passou por diversas experiências. Soube produzir num modo hobbesiano, criticar o modelo e construir o caminho, logo interrompido e que descambou para cópia colonizada aos interesses financeiros quando estes ainda se identificavam. Não observou que o próprio processo financeiro levava à concentração e ao poder apátrida e marginal. Foi, então, vítima das "revoluções coloridas" que grassaram pelos continentes neste século. Aqui aportou em 2013 e levou à troca de governo.

Como Karl Marx escrevera no início de 1852 ("O 18 de Brumário de Luís Napoleão") os fatos se repetem como tragédia e farsa: "quando parecem estar empenhados em transformar a si mesmos ..... conjuram temerosamente a ajuda dos espíritos do passado, tomam emprestados os seus nomes, as suas palavras de ordem, o seu figurino" e aparecem nestas grotescas figuras de golpistas de 2016.

Nem a direita e muito menos a esquerda, souberam entender o momento. Todos perderam. O resultado foi o bonde, carregando todo tipo de reboque, conduzindo a candidatura do Lula que se repete na equipe de transição.

Na revista mensal Solidariedade Ibero-Americana, nº 5, outubro de 2022, há o artigo editorial "Na Europa, abater florestas e queimar como lenha não é impacto ambiental". A falsa verde e verdadeiramente hipócrita União Europeia.

Transcrevemos:

"Em 14 de setembro último, o Parlamento Europeu aprovou uma série de emendas referentes às suas Diretivas de Energia Renovável (RED, em inglês), visando à meta de obter de fontes renováveis 45% da energia consumida no bloco até 2030. Uma das emendas se refere ao término dos subsídios para o uso da lenha como fonte renovável, que está afetando drasticamente as florestas naturais restantes na Europa Central, que estão sendo abatidas em grande escala para a produção de madeira para uso como combustível". Mas a quantidade de madeira não será eliminada, será gradualmente reduzida, limitada às médias entre 2017 e 2022, e estarão excluídas as afetadas por pragas, cortadas para prevenir incêndios ou desastres naturais. E, o monitoramento e a fiscalização não são identificados. Em resumo: "negócios como sempre", como publicado no Business Insider, do Washington Post (19/09/2022): 'a lenha é o novo ouro".

Em fevereiro de 2022, a inflação foi de 6,2% na União Europeia e de 5,9% na Zona do Euro, conforme dados da Eurostat. Os aumentos nos custos dos alimentos e da energia chegaram ao maior nível, desde 1999, quando o euro surgiu. O Banco Central Europeu (BCE), com resultados negativos e sucessivos, decidiu, no dia 9 de junho de 2022, aumentar a taxa de juros. Essa foi a primeira alta depois de 11 anos – em julho de 2013, desde então, esse percentual nunca mais voltara a subir.

Porém ou a culpa é do covid-19, ou é da guerra, jamais das opções erradas, do interesse meramente financeiro e nunca da população agora desempregada europeia.

Aqui encontramos também as questões identitárias, sem resposta dos governos desde a proposta de José Bonifácio de Andrada e Silva. "O Patriarca também defendeu, de maneira incisiva, a abolição gradual da escravidão e do tráfico negreiro, chegando a apresentar um projeto de lei nesse sentido durante o seu mandato de deputado constituinte, em 1823, conhecido como Representação sobre a Escravatura. Não lhe interessava apenas abolir a escravidão, mas também, e sobretudo, os seus efeitos funestos em termos de desigualdades sociais e aviltamento humano e produtivo do País".

"Então, ele defendeu a execução de uma reforma agrária que coibisse o latifúndio e distribuísse terras aos negros libertos, aos indígenas e aos brancos pobres, bem como fornecesse instrução formal e assistência técnica a esses grupos. Não por menos, advogou pela criação de escolas e universidades em todas as províncias, para "espalhar pelo Povo os conhecimentos, que são indispensáveis para o aumento, riqueza e prosperidade da Nação". Em sua concepção, os negros e os índios deveriam ser incorporados, de forma pacífica e consistente, ao progresso nacional, cabendo haver, inclusive e na contramão do racismo imperante, o estímulo público à homogeneização étnica e social do Brasil pela miscigenação entre eles e os brancos, com o fito de assegurar a unidade nacional" (Felipe Maruf Quintas, "Intérpretes do Brasil – José Bonifácio de Andrada e Silva", no Portal Bonifácio, 11/07/2020).

Mas não é por mero acaso que as questões ambientais e identitárias são as que maior patrocínio obtém dos fundos do megaespeculador George Soros. "A Fundação Open Society, comandada pelo bilionário George Soros, distribuiu cerca de US$ 32 milhões a organizações brasileiras entre 2016 e 2019. O valor equivale a aproximadamente R$ 117 milhões, considerando o câmbio médio de cada ano. A conclusão é de levantamento exclusivo da Gazeta do Povo. O montante da Open Society, aplicado no Brasil, muito provavelmente é ainda maior, já que algumas das entidades internacionais financiadas pela Open Society atuam em diversos países ao mesmo tempo. Além disso, a organização distribui recursos diretamente a pesquisadores individuais. Esse montante não foi incluído no cálculo feito pela reportagem" (GP, 16/11/2022).

Organização Total (período: 2016-2019)
Associação Direitos Humanos em Rede (Conectas) US$ 2.339.000
Instituto Sou da Paz US$ 1.856.000
Instituto Igarapé US$ 1.535.847
Nossas Cidades US$ 1.197.482
INESC-Instituto de Estudos Socioeconômicos US$ 1.132.864
Instituto de Defesa do Direito de Defesa (IDDD) US$ 1.103.595
Fórum Brasileiro de Segurança Pública US$ 1.047.915
Baobá – Fundo para Equidade Racial US$ 999.995
Anistia Internacional Brasil US$ 975.000
Associação Artigo 19 Brasil US$ 840.000
Outros nomes da lista da Open Society chamam atenção. A Fundação Fernando Henrique Cardoso obteve US$ 315 mil, distribuídos em três anos diferentes.

Serão estes agentes estrangeiros, com objetivos claramente antibrasileiros que nortearão a transição para o governo que se espera recupere a soberania nacional e a dignidade dos brasileiros?

Fonte: Pátria Latina

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