Nessa segunda-feira (04), o petróleo Brent foi negociado a US$ 83,72, enquanto o West Texas Intermediate estava a US$ 79 por barril.

A extensão dos cortes de produção de 2,2 milhões de bpd da OPEP+ não foi nada surpreendente. No entanto, torná-lo oficial na reunião de domingo enviou um sinal claro sobre o rumo que a OPEP+ continuará a seguir.

“A decisão envia uma mensagem de coesão e confirma que o grupo não tem pressa em devolver os volumes de fornecimento, apoiando a visão de que quando isso finalmente acontecer, será gradual”, disse o analista da Jefferies, Giacomo Romeo, ao Financial Times.

Houve uma surpresa por parte da Rússia, que disse que iria aprofundar os seus cortes em cerca de 471 mil bpd no segundo trimestre, ao mesmo tempo que aliviaria as restrições às exportações, para permanecer dentro da sua quota de corte de 500 mil bpd que cobre tanto a produção como as exportações.

"Se os cortes russos forem totalmente implementados, barris adicionais serão removidos do mercado. Portanto, esse é um movimento surpreendente que ninguém esperava e poderia elevar os preços", disse Giovanni Staunovo, do UBS, à Reuters.

“A estratégia da OPEP+ foi incorporada, é à crise de Gaza que os preços estão respondendo”, disse Vandana Hari, fundadora da Vanda Insights, à Bloomberg. “Enquanto as negociações de cessar-fogo permanecerem num impasse, o petróleo provavelmente oscilará em torno dos níveis atuais ou sofrerá ainda mais pressão ascendente.”

Ao mesmo tempo, analistas da ANZ afirmaram hoje numa nota que os sinais de aperto na oferta também estão exercendo uma pressão ascendente sobre os preços.

"Os sinais de aperto no mercado físico continuam a empurrar o petróleo bruto para cima. Os cortes na produção pela aliança OPEP+ continuam a reduzir a oferta, à medida que o mercado se preocupa com as novas tensões no Médio Oriente", disseram os analistas citados pela Reuters.