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Opep+ aprova corte acentuado na produção de petróleo apesar da pressão dos Estados Unidos

Os países do grupo petrolífero tomaram a decisão seguindo as recomendações do Comitê de Acompanhamento

Publicado em 05/10/2022
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A Organização dos Países Exportadores de Petróleo Plus (OPEP+) aprovou o corte de produção de petróleo em 2 milhões de barris por dia, seguindo as recomendações de seu comitê de monitoramento.

Nesta quarta-feira (05) foi realizada uma reunião dos membros do grupo petrolífero em Viena, na qual os produtores concordaram com um corte profundo em sua meta de produção, reduzindo a oferta em um mercado já apertado, apesar da pressão dos Estados Unidos para bombear mais. Esta seria a maior queda na produção desde o início da pandemia de covid-19.

O New York Times informou no início desta semana, citando uma pessoa familiarizada com o assunto, que a Arábia Saudita, líder de fato do grupo, estava determinada a elevar os preços do petróleo para cerca de US$ 90 o barril. Da mesma forma, foi indicado que a OPEP+ optou por cortar a produção porque o mercado está com excesso de oferta e a demanda está se atenuando devido ao enfraquecimento da economia mundial.

Jeff Currie, chefe global de pesquisa de commodities do Goldman Sachs, também observou que a razão pela qual a organização consegue cortar a produção, mesmo que o mercado de petróleo permaneça apertado com estoques baixos, é que os preços do petróleo caíram mais de 40% porque os investidores fogem o mercado.

Antes da reunião, havia pouca indicação de que a pressão americana estava funcionando. O ministro da Energia dos Emirados Árabes Unidos, Suhail Al Mazrouei, insistiu que a decisão foi "técnica": "É muito importante que continue sendo uma decisão técnica e não política", disse ele a repórteres. "É por isso que é importante olhar para o lado técnico da equação e ver todas as preocupações relacionadas à economia e ao estado da economia."

Vários especialistas sustentam que este passo seria um golpe para a administração do presidente dos EUA, Joe Biden, pois causaria um aumento significativo no preço da gasolina nos EUA.

Nesse contexto, a CNN informou na terça-feira que vários altos funcionários dos EUA das áreas de energia, economia e relações exteriores mantiveram negociações nos últimos dias com representantes da Arábia Saudita, Kuwait e Emirados Árabes Unidos, entre outros países. , para convencer quem se opunha à iniciativa.

Além disso, a CNN citou um documento com supostos pontos-chave para as negociações entre Washington e seus parceiros. Segundo a mídia, as autoridades norte-americanas sustentaram que a perspectiva de redução da produção ameaçaria um "desastre total" e seria considerado "um ato hostil".

Fonte: RT

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