Petrobrás financia simulador de correntes oceânicas no Coppe
Para aumentar a produção de petróleo no mar, investir em novas tecnologias.
O Laboratório de Tecnologia Oceânica (LabOceano) da Coppe/UFRJ inaugurou, no Parque Tecnológico do Rio, na Cidade Universitária, um novo sistema capaz de reproduzir correntes marinhas com alta precisão. Com investimento de 18,8 milhões da Petrobras e R$ 3,2 milhões da Finep, o simulador contribuirá para estudos necessários à exploração de petróleo em águas profundas e ultra-profundas, como as do pré-sal. Capaz de reproduzir as características da correnteza em águas brasileiras, o equipamento é composto por seis motores e seis bombas hidráulicas operados de modo independente. O sistema permite que a velocidade e o direcionamento de cada uma das seis correntes geradas sejam modificados, sem que se altere as demais.
Com o sistema de correnteza, será possível realizar ensaios experimentais incorporando todas as características ambientais offshore, inclusive a correnteza, o que antes não era possível. Isso permite o desenvolvimento e aperfeiçoamento de cálculos de dutos, por exemplo, e visa a otimização de custos da elaboração, da instalação e da intervenção em equipamentos submarinos. Orlando Ribeiro, gerente executivo do Centro de Pesquisas da Petrobrás, disse que “o sistema de geração de correnteza do LabOceano colocará o país em destacada liderança no desenvolvimento de pesquisas tecnológicas na área de engenharia naval e oceânica, dando suporte às atividades estratégicas de exploração e produção de óleo e gás em águas profundas e ultra-profundas.
O professor Paulo de Tarso Esperança, coordenador executivo do LabOceano, explica que o sistema amplia a capacidade do laboratório para reproduzir, da melhor maneira possível, a diversidade das correntes marinhas: “Tanto para simulações nos campos do pré-sal como nas águas menos profundas, as correntes são importantes, por exemplo, para representar a dinâmica dos risers, estruturas que conectam o poço de petróleo à plataforma”.
O sistema de correnteza foi instalado em um prédio anexo ao LabOceano, que possui o tanque mais profundo das Américas (15m), e o segundo do mundo. Lá são realizados ensaios experimentais com modelos de plataformas em escala reduzida, reproduzindo o seu comportamento dinâmico, para avaliar e otimizar projetos. No laboratório, a Petrobrás realizou estudos das plataformas P-55, P-66 e do Terminal de Gaseificação da Baía de Todos os Santos. Neste último, foi utilizado o fundo móvel do LabOceano, implantado em 2010, também com recursos da companhia.
A Petrobrás já realizou mais de 80 ensaios no LabOceano, que contribuíram para o alcance de maturidade tecnológica para a exploração e desenvolvimento da área do pré-sal, com segurança e disciplina de capital. “O conjunto de informações geradas pelos ensaios realizados contribuiu significativamente para o aperfeiçoamento das estruturas projetadas, permitindo avaliar suas características em laboratório antes da instalação no mar, minimizando riscos, aumentando a segurança e reduzindo custos dos empreendimentos”, segundo Rodrigo Barreira, um dos representantes da Petrobras em projetos com o LabOceano.
Fonte: Petronotícias
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