Petrobrás não consegue atingir meta de venda de ativos
Decisões judiciais impediram a venda de importantes ativos
Água no chope. A Petrobrás assumiu que não vai conseguir bater sua meta de US$ 21 bilhões no período entre 2017 e 2018, por conta das decisões judiciais que impediram a venda de importantes e estratégicos ativos. A informação foi confirmada nesta terça-feira (06) pelo presidente da estatal, Ivan Monteiro, durante a apresentação dos resultados trimestrais da companhia. Até agora, a petroleira assinou US$ 7,5 bilhões em contratos de vendas de ativos neste ano e em 2017, valor bem abaixo do que o previsto inicialmente no plano de negócios da estatal.
O montante que efetivamente já foi embolsado pela empresa nos nove primeiros meses de 2018 com os desinvestimentos soma US$ 5 bilhões. O processo de venda de ativos da Petrobrás tem enfrentado vários obstáculos na Justiça, até mesmo no Supremo Tribunal Federal (STF). Para lembrar, em junho, o STF proferiu decisão cautelar questionando dispositivos da Lei das Estatais (Lei 13.303/2016), o que suspendeu a alienação de participação acionária representativa de controle.
Traduzindo isso em fatos, a Petrobrás ficou impedida de seguir com os desinvestimentos da Araucária Nitrogenados; da Transportadora Associada de Gás (TAG); e com o projeto de parcerias em refinarias.
Apesar disso, Monteiro relativizou os reflexos da paralisia dos desinvestimentos nas finanças da Petrobrás e em sua meta de redução de dívida, em virtude do cenário favorável do preço do barril do petróleo e de outros aspectos positivos.
O endividamento líquido da Petrobrás diminuiu 14% nos primeiros nove meses de 2018 em relação a dezembro de 2017, chegando a US$ 72,9 bilhões em setembro, o menor nível desde 2012. A relação entre a dívida líquida e o EBITDA ajustado (geração de caixa) prosseguiu em queda, saindo de 3,67 dezembro de 2017 para 2,96 em setembro de 2018.
Fonte: Petronotícias
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