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Petroleiros criam Comitê em Defesa da Permanência da Petrobrás na Bahia

Mais de 3 mil pessoas serão afetadas com possível saída da Companhia

Publicado em 17/09/2019
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O grande número de trabalhadores do Edifício Torre Pituba, que compareceram à assembleia convocada pelo Sindipetro Bahia, na tarde da segunda-feira (16), no Hotel Fiesta, mostra a quantas andam as preocupações, inseguranças e também o sentimento de revolta da categoria petroleira.

Aproximadamente 600 petroleiros se espremeram no auditório, ávidos por informações (que a Petrobrás não dá de forma clara) e por uma palavra de alento.

Foram ouvidos relatos de pessoas angustiadas, pressionadas e que estão abrindo mão de uma vida estável que tinham na Bahia, muitas deixando para trás a família, inclusive filhos pequenos, que não têm como levar, pois não há estrutura no novo local de moradia. “Não estamos falando apenas de desemprego ou mudança repentina de vida dos trabalhadores. É muito mais do que isso. São mais de 3 mil famílias sendo afetadas”, desabafou uma trabalhadora concursada.

Parlamentares relataram as suas preocupações e detalharam ações que estão colocando em prática para impedir que a Petrobrás deixe a Bahia. Eles falaram dos grandes prejuízos para o estado, com o desemprego que vai ser gerado, com a fuga de receita (salários dos que estão sendo transferidos) e com a diminuição da arrecadação do ICMS e ISS. “Um projeto extremamente cruel e danoso para a sociedade brasileira. É o desmonte da estrutura do estado brasileiro”, pontuaram. Estiveram presentes o líder do governo na ALBA, o deputado estadual, Rosemberg Pinto (PT), o também deputado estadual, Hilton Coelho (PSOL) e os deputados federais, Joseildo Ramos (PT) e Nelson Pellegrino (PT), que anunciou a elaboração de um abaixo assinado pela permanência da estatal na Bahia.

O coordenador do Sindipetro, Jairo Batista, detalhou as ações que a entidade sindical vem realizando desde o governo Temer, as mobilizações, greves, audiências públicas e ações jurídicas, que conseguiram adiar decisões de vendas de unidades, dando maior fôlego para a continuidade da luta em defesa da Petrobrás.

O Diretor de Comunicação do Sindipetro, Radiovaldo Costa, falou de esperança e união. Ele falou ainda da disputa de opiniões na mídia e da necessidade de fortalecer a comunicação do Sindipetro, interagindo nas redes sociais, divulgando o site da entidade (www.sindipetroba.org.br) e compartilhando as notícias do sindicato através do WatsApp. “Fortalecer essa rede de notícias vai também fortalecer a categoria e a nossa luta. A Bahia não vai se curvar ao projeto entreguista do presidente. A Petrobras nasceu na Bahia e é aqui que ela vai ficar”.

Após o lançamento da Campanha, elaborada pelo Sindipetro “Pelo povo baiano, a Petrobras fica na Bahia”, a categoria apresentou diversas propostas e planos de luta pela permanência da Petrobrás na Bahia.

Veja o que foi aprovado:

– Criação de um comitê em defesa da Petrobrás na Bahia, buscando a adesão de centrais sindicais, sindicatos, entidades de classes, partidos políticos, governadores, prefeitos, senadores, deputados vereadores, etc;

– Abaixo assinado pela permanência da Petrobrás na Bahia;

– Reivindicar que o Consórcio de Governadores do Nordeste elabore uma campanha de mídia em defesa da Petrobrás na região;

– Campanha e atuação do Sindipetro Bahia no sentido de priorizar a manutenção no estado daqueles trabalhadores que não podem ou não querem ser transferidos, conforme garante o Acordo Coletivo de Trabalho;

– Ato durante o seminário do REATE, no dia 19/09;

– Participação da categoria no Ato em Defesa da Soberania, organizado pelas centrais sindicais, no dia 20/09;

– Participação da categoria no Ato Público em Defesa da Petrobrás na Bahia, que vai acontecer no dia 23/09, das 8h às 13h, na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA);

– Vigília e acampamento em frente ao Edifício Torre Pituba;

– Confecção de adesivos para carros e camisas da Campanha “Pelo povo baiano, a Petrobras fica na Bahia”. Uso da hastag #apetrobrasfica;

– Criação de um comitê de mobilização de greve;

– Criação de um grupo de estudo jurídico;

– Elaboração de materiais que mostrem a importância da Petrobras para a Bahia, a história dos petroleiros e a luta contra a privatização da estatal;

– Assembleias unificadas com os trabalhadores das diversas unidades do Sistema Petrobras na Bahia.

[Via Sindipetro Bahia]

Fonte: FUP

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