O novo plano estratégico da Petrobrás para o período entre 2023 e 2027, que deve ser publicado no final do mês, é o novo motivo de discordância entre a direção da companhia e a Federação Única dos Petroleiros (FUP). A entidade sindical anunciou nesta sexta-feira (11) que encaminhou um ofício ao presidente da estatal, Caio Paes de Andrade, pedindo que o novo plano seja suspenso. Para a FUP, o novo planejamento só poderia ser divulgado após representantes do novo governo se posicionarem sobre o tema.

"Estamos numa transição de governo. Logo, é razoável que o Plano Estratégico da Companhia 2023-2027 seja realizado a partir das orientações e prioridades estratégicas dos representantes do novo governo", destacou o ofício assinado pelo coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar. O documento aponta ainda que o Plano Estratégico é um importante instrumento de gestão da Companhia, representando a visão das prioridades de investimentos para os próximos anos.

"Ele [o plano] é fruto de análise técnica, subordinado aos pressupostos orientados pelo Conselho de Administração da Petrobrás, que é escolhido pelos seus acionistas, incluindo o Governo: o seu maior acionista", acrescentou Bacelar.

Na semana passada, a FUP também enviou um requerimento à direção da Petrobrás pedindo que a empresa se engaje no processo de transição do governo, garantindo informações para que os novos gestores que irão assumir a empresa, a partir 2023, tenham conhecimento da situação real da companhia. Acrescenta ainda que a FUP espera, também, que a Petrobrás suspenda os processos de privatização, signing e closing de ativos, em período de transição de governo.

Fonte: Petronoticias