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Reação à Selic: auditoria da dívida e pedido de exoneração de Campos Neto

Manutenção da taxa de juros pelo BC elevou tom das críticas vindas do governo, empresários, trabalhadores e economistas

Publicado em 23/06/2023
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Campos Neto - Foto Marcelo Camargo EBC

A destituição do presidente do BC, Roberto Campos Neto – que cabe ao Senado – vinha sendo discutida em setores da esquerda; agora, o debate sobre o assunto foi ampliado e já se admite que os senadores possam vir a votar a questão.

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O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) protocolou nesta quinta-feira, no Conselho Monetário Nacional (CMN), denúncia contra Campos Neto. O deputado acusa o presidente do BC de descumprimento dos objetivos da instituição e pede que o CMN avalie a possibilidade de pedir ao Senado Federal a exoneração.

“Nunca esteve tão clara e cristalina uma das principais ilegitimidades da dívida pública na atualidade: a definição da taxa de juros, que faz a dívida se multiplicar por ela mesma, sem financiar investimento social nenhum”, avalia matéria publicada pela Auditoria Cidadã da Dívida (ACD).

“O governo equatoriano, em 2007, decretou auditoria da dívida, abriu os arquivos do Banco Central, chamou a sociedade para auditar, mostrou amplamente as ilegitimidades da dívida (como os juros ilegítimos) nos meios de comunicação, e o resultado foi a anulação de grande parte da dívida, com os bancos se ajoelhando para receber uma pequena parte e ainda prometendo que jamais entrariam na justiça contra o Equador”, continua a ACD.

“A sociedade está mais do que pronta para auditar e denunciar todas essas ilegitimidades da dívida, a começar pelo grave desvio de finalidade da política monetária do Banco Central, ao alegar ‘combate à inflação’ como objetivo de estabelecer taxas de juros reais de 9,44% ao ano, enquanto a Europa pratica 2% negativos, Japão pratica 3,5% negativos, e Estados Unidos, 1,2%”, finaliza a entidade.

O presidente do Sebrae, Décio Lima, condenou a decisão do Banco Central que manteve a taxa de 13,75%. Ele disse que se as pequenas empresas forem pegar emprestado “com essa taxa que está aí, já era, vão falir, será uma questão de tempo. Assim acho que o BC está jogando contra a retomada do crescimento do país, só pode ser”.

Fonte(s) / Referência(s):

Jornalismo AEPET
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