Se tudo correr conforme planejado, ela também pode se tornar a maior consumidora do combustível fóssil.
Mais de um terço do petróleo da Aramco é atualmente usado em refinarias de sua propriedade ou joint venture, de acordo com seu prospecto de títulos. A empresa planeja dobrar sua rede de refino para processar até 10 milhões de barris por dia até 2030, garantindo um comprador confiável para o petróleo bruto do reino.

“O objetivo da Aramco é fornecer um destino confiável para sua futura produção de petróleo", disse John Stewart, analista da consultoria Wood Mackenzie Ltd. A expansão "a tornaria na maior refinadora do mundo".

A Arábia Saudita está apoiando os cofres da Aramco para construir seu fundo soberano e ajudar a desenvolver novas indústrias que possam romper a dependência do reino quanto ao petróleo. Por seu turno, a Aramco está tentando extrair mais lucro do petróleo que é transformado em gasolina e diesel, bem como plásticos e outros materiais usados em bens de consumo. A empresa está gastando US $ 69 bilhões para uma participação majoritária na fabricante de produtos petroquímicos Saudi Basic Industries Corp.

A Saudi Arabian Oil Co., como o produtor estatal é formalmente conhecido, provavelmente ainda venderá petróleo para compradores externos mesmo que atinja sua meta de refino. A empresa processa uma mistura de petróleo bruto de seus campos na Arábia Saudita. Seus empreendimentos de refinaria no exterior, embora projetados para usar o petróleo bruto da empresa, provavelmente dependerão de uma mistura de petróleo do reino e de outros fornecedores.

A Aramco possui três refinarias na Arábia Saudita e a fábrica Motiva Enterprises LLC nos EUA. Outras instalações são joint ventures com parceiros estrangeiros. Até o final do ano, iniciará o processamento de petróleo em novas instalações no reino e na Malásia, o que levará sua capacidade total de refino a mais da metade da produção atual de petróleo da empresa. Até 2030, metade da capacidade de refino da Aramco estará localizada fora da Arábia Saudita, estima a WoodMac.

Isso fará da Aramco um consumidor ainda maior do petróleo que ela mesmo produz. A companhia disse isso em seu prospecto, descrevendo sua expansão como uma forma de "garantir a demanda de petróleo cru vendendo a seu sistema cativo" de refinarias.

A Aramco assinou acordos provisórios para cumprir sua meta de capacidade de refino. Também planeja crescer em produtos químicos, uma indústria onde a demanda está aumentando mais rapidamente do que a dos combustíveis para transporte. A empresa pretende transformar cerca de 3 milhões de barris diários de produção de petróleo em produtos químicos.

Original: https://peakoil.com/consumption/saudi-aramcos-quest-to-become-the-worlds-biggest-oil-consumer