Sinedino: com um déficit de R$ 42 bilhões, situação da Petros é delicada
"Como sei que a solução dos problemas da Petros passa pela Petrobrás assumir suas dívidas com os PPSPs, fico um pouco apreensivo com a demora na apresentação de uma Proposta, apesar de saber que a situação é bem complexa."
Silvio Sinedino, ex-presidente da AEPET e o primeiro representante dos trabalhadores eleito para o Conselho de Administração da Petrobrás, assume mais um cargo em defesa da categoria petroleira, desta vez no Conselho Fiscal da Petros.
Na mesma chapa de Sinedino, foram eleitos também os membros do Conselho deliberativo: Radiovaldo Costa (titular), do Sindipetro-Ba e Getúlio da Cruz (suplente), da Astape-BA.. A outra vaga do CD será ocupada por, Vinicius Camargo (titular), do Sindipetro RJ, e Rafael Prado, do Sindipetro SJC (suplente).
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Leia abaixo a entrevista que Sinedino concedeu à AEPET:
Qual a expectativa dos novos conselheiros para esse mandato?
Sinedino: Nossa expectativa é que possamos fazer um bom trabalho, integrando ao máximo os Conselhos Deliberativo e Fiscal na busca de soluções para os problemas da Petros.
Qual a situação atual da Petros?
A situação da Petros é delicada com um déficit em torno de R$42 bi, com cobrança muito altas de Planos de Equacionamento que juntos com as cobranças da AMS estão sufocando especialmente os Aposentados/Pensionistas.
Vê a avanços com a nova diretoria?
Sim, o Presidente Henrique Jager já havia estado na Petros nessa posição ao tempo em que eu estava lá também, como Conselheiro Deliberativo.
Nessa época tomou uma atitude muito importante que foi acionar juridicamente a Vale, então proprietária da ex-Ultrafértil, em relação aos déficits de responsabilidade exclusiva da Vale e que recuperou valores expressivos para o Plano da ex-Ultrafértil.
Como os Planos PPSPs têm, grosseiramente, o mesmo Regulamento e os mesmos problemas de responsabilidade exclusiva da Petrobrás esperamos o mesmo tipo de Ação, agora contra essa Patrocinadora.
O GT criado já tem alguma proposta concreta que possa ser divulgada?
Não participo desse GT e as informações que tenho são as publicadas pelo GT.
Como sei que a solução dos problemas da Petros passa pela Petrobrás assumir suas dívidas com os PPSPs, fico um pouco apreensivo com a demora na apresentação de uma Proposta, apesar de saber que a situação é bem complexa.
Qual o impacto do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), que está sendo negociado, para os assistidos da Petros?
A Proposta feita pela Petrobrás para o ACT traz um problema duplo:
1- não prevê o reajuste dos benefícios pelo índice da Ativa para os não-repactuados, exigência do Art 41 do Regulamento do PPSP-NR
2- por não cumprir o exigido pelo Regulamento, atrairá milhares de Ações Judiciais contra Petros-Petrobrás, o que trará muito prejuízo ao Plano da mesma forma que esse tipo de manobra nos anos 2004-05-06 traz até hoje.
Como será a comunicação dos Conselheiros recém eleitos com os Participantes e Assistidos?
Essa foi uma questão frequente durante nossa Campanha.
Reafirmamos ter consciência do nosso papel de Representantes da Categoria e nesse sentido vamos procurar esticar ao máximo os limites legais de divulgação do que ocorre na Petros, que, como se sabe, são muitos estreitos.
Vamos procurar manter contatos frequentes com a Categoria, tanto virtuais quanto presenciais, informando nossas ações e sentindo as necessidades dos Participantes/Assistidos.
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