Siqueira defende retomada do projeto Sete Brasil pela Petrobrás
Sete Brasil pode gerar emprego, renda e tecnologia no país
Um impasse no conselho de administração pode fazer com que a Petrobrás troque uma dívida negociada de R$ 912 milhões por outra, decidida judicialmente, que pode superar os R$ 30 bilhões, resultante do projeto Sete Brasil.
A proposta de acordo teve aval dos principais credores, da área técnica da Petrobrás e da Sete, empresa de sondas da petroleira criada em 2010, no fim do segundo mandato de Lula, que está em recuperação judicial. Mas o estatuto da Petrobrás determina que é preciso aprovação de dois terços do conselho e há oposição dos votantes independentes.
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“A ideia da Sete Brasil, que levou o nome de FIP Sodas, foi uma ideia excelente, pois seriam construídas 29 sondas nos estaleiros nacionais, gerando emprego no país e alugadas para a Petrobrás, que pagaria em moeda nacional e um aluguel mais baixo que o internacional. Mas o petróleo caiu de US$ 110 para US$ 30 por barril, a Petrobrás não assinou o contrato das 29 sondas e o BNDES não concedeu o empréstimo prometido. A Sete Brasil pagou aos estaleiros sem a contrapartida em serviços e a empresa ficou inviável”, analisa o diretor Administrativo da AEPET, Fernando Siqueira.
Siqueira observa que os investidores, inclusive os fundos de pensão tiveram grande prejuízo. Para o diretor Administrativo da AEPET, deve haver um novo acordo envolvendo os bancos credores e os principais acionistas. “No meu entender, a Petrobrás deve retornar o processo, viabilizando a Sete Brasil, que contrata os estaleiros nacionais para construir um número de sondas de necessidade da Petrobrás. Com isso, o país gera emprego, renda e tecnologia”, argumenta.
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