Sistema Petrobrás: para além do simbolismo
Rosangela Buzanelli, representante dos trabalhadores no Conselho de Administração, apresentou e teve aprovada a proposta para a volta da expressão “Sistema Petrobrás”, para designar a empresa. Segundo Buzanelli, “a nomenclatura traduz nossa identidade de empresa integrada.”
Sistema Petrobrás foi adotado na década de 1980. Mas em 2020, o termo foi substituído por “Petrobrás e suas participações societárias”, numa clara alusão à politica privatista do governo anterior de desmembrar e se desfazer de subsidiárias importantes, apequenando a Petrobrás, de forma que ela atuasse apenas no segmento de Exploração e Produção de óleo.
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O simbolismo da proposta aprovada de Buzanelli é louvável, mas para que avance além do significado das palavras, depende de ações concretas da nova direção da Petrobrás e do acionista majoritário, a União.
A AEPET defende a reestruturação da Petrobrás como Empresa Estatal de petróleo e energia, totalmente integrada. Porém, para atingir este status, é fundamental a reversão da privatização dos ativos da Petrobrás, como a venda de campos de petróleo e blocos exploratórios, da BR Distribuidora, refinarias, malhas de gasodutos (NTS e TAG), distribuidoras de GLP e gás natural (Liquigás e Comgás), produção de fertilizantes nitrogenados (FAFENs) e as participações na produção de petroquímicos e biocombustíveis.
Somente com uma empresa integrada de energia, a Petrobrás conseguirá contribuir de forma efetiva para o desenvolvimento brasileiro e para a Soberania Nacional, com o estabelecimento de um plano nacional de pesquisa e investimentos em energias potencialmente renováveis e desenvolvimento da política de conteúdo nacional e de substituição de importações para o setor de petróleo, gás natural, sob seu comando.
ENERGIZANDO
* Petrobrás assina contrato com a Comgás (SP) no valor de R$ 56 bilhões
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