TotalEnergies falha em previsões com queda de 49% nos lucros do segundo trimestre
A francesa TotalEnergies divulgou na quinta-feira (27) um lucro líquido ajustado de US$ 4,96 bilhões para o segundo trimestre de 2023, uma queda de 49% no ano, ligeiramente abaixo das estimativas dos analistas no que a super petroleira descreveu como “um ambiente favorável, mas suavizador”.
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Os lucros do segundo trimestre ficaram abaixo da estimativa média dos analistas de US$ 5,34 bilhões e uma previsão de US$ 5,12 bilhões em lucros ajustados compilados pela FactSet.
Apesar da perda de lucro, a TotalEnergies manteve seu segundo dividendo intermediário de 2023 de 0,74 euros por ação, que é 7,25% superior em comparação com os três dividendos intermediários pagos para 2022 e idêntico ao último dividendo ordinário do exercício fiscal de 2022 e ao primeiro dividendo intermediário de 2023.
A TotalEnergies, que também é uma das principais comercializadoras de GNL do mundo, registrou uma receita operacional líquida ajustada mais baixa de seus negócios integrados de GNL, uma queda de 40% em relação ao ano anterior. Isso em consequência preços mais baixos de GNL – em média US$ 10 por milhão de unidades térmicas britânicas (MMBtu) no segundo trimestre – e “resultados comerciais mais suaves em mercados menos voláteis”.
O lucro operacional ajustado da TotalEnergies nas refinarias também caiu 55% ano a ano, em meio a margens de refino mais baixas.
Apesar dos lucros mais baixos, o conselho de administração da TotalEnergies confirmou seus planos para 2023 de ter distribuições aos acionistas de mais de 40% do fluxo de caixa.
A TotalEnergies está se juntando a outras grandes empresas europeias de petróleo e gás ao relatar ganhos muito mais baixos no segundo trimestre deste ano, em comparação com o primeiro trimestre e com o mesmo período de 2022, em meio a preços de petróleo e gás muito mais baixos e resultados comerciais menores em um mercado menos volátil.
Os ganhos ajustados da Shell no segundo trimestre caíram 47% em relação ao primeiro trimestre, já que os preços mais baixos de petróleo e gás, margens de refino e comércio de GNL impactaram o desempenho da outra grande petroleira no segundo trimestre.
A estatal norueguesa Equinor registrou lucro ajustado 57% menor no segundo trimestre em comparação com o mesmo período de 2022, já que os preços do petróleo e do gás natural caíram em relação aos altos níveis do ano passado.
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