Unidade para o futuro da Petros

Frente unitária entre as federações e entidades representativas lança três duplas de candidatos para o pleito dos conselhos deliberativo e fiscal do fundo de pensão

Publicado em 02/08/2023
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eleições Petros 2023

“Unidade para o Futuro da Petros” é o nome da frente para as eleições do Conselho Deliberativo e Conselho Fiscal da Petros de 2023 que representa a categoria petroleira e os assistidos das entidades de participantes da Petros, lançada terça-feira (01), no Clube dos Empregados da Petrobras de Salvador (BA).

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Ela é formada pela Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), Federação Única dos Petroleiros (FUP), Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Aquaviários e Aéreos, na Pesca e nos Portos (Conttmaf), Federação Nacional das Associações de Aposentados, Pensionistas e Anistiados do Sistema Petrobrás e Petros (Fenaspe), Associação dos Engenheiros da Petrobrás (Aepet) e da Federação dos Clubes dos Empregados da Petrobrás (Fcepe).

Essa unidade histórica apoia três chapas para as eleições dos conselhos da Petros, que serão realizadas entre os dias 25/09 e 09/10. São elas: Vinícius Camargo (titular) e Rafael Prado (suplente), ambos da ativa, n°66; Radiovaldo Costa (titular) e Getulio da Cruz (suplente), ambos aposentados, n°65 – as duas chapas para o Conselho Deliberativo; e Silvio Sinedino (titular) e João Moraes (suplente), ambos aposentados, n°51, chapa para o Conselho Fiscal.

O secretário-geral da FNP, Adaedson Costa, esteve presente no evento de lançamento e lembrou que as lutas só são possíveis com organização, destacando que o déficit e o equacionamento na Petros não estão dados, mas que será necessário pavimentar o caminho da eleição das três chapas a partir de três eixos.

“O primeiro é eliminar esse déficit para que o aposentado volte a ter dignidade, volte a ter a remuneração após ter construído a Petrobrás durante árduos anos. O segundo é que a gente imunize a carteira e realmente não tenha mais déficit futuro. E o terceiro é que a Petros passe a ser dos participantes. Não é razoável a gente ter 50% de pagamento de PEDs [Planos de Equacionamentos de Déficits] e estar aqui só discutindo a eleição para os conselhos. Nós temos, sim, que ter diretores eleitos por aqueles que pagam a previdência”, apontou.

Adaedson também enalteceu a unidade entre as federações e as entidades representativas voltada ao pleito, lembrando que tem sido difícil avançar apenas por meio do grupo de trabalho sobre Petros com a Petrobrás.

“Quando sentamos e vimos a necessidade de fazer essa união, a gente tinha um objetivo: continuar a pavimentação do caminho pra acabar com esse déficit [da Petros]. Não é fácil, mas é possível. Mas para que isso ocorra, a gente vai precisar de vocês da categoria, pessoal da ativa, aposentados, assistidos”, disse

“Nós temos os melhores companheiros, no melhor momento, para acabar de vez com o equacionamento. Vamos ao trabalho para acabar com esse sacrifício imposto à categoria”, reforçou o secretário-geral da FNP.

Silvio Sinedino – petroleiro aposentado, dirigente do Sindipetro RJ e ex-conselheiro deliberativo e fiscal da Petros – saudou os participantes do encontro, lembrando que a Petrobrás nasceu na Bahia e que dali os candidatos vão partir para o Brasil em campanha para eleger as chapas da “Unidade para o Futuro da Petros”.

O candidato da chapa n°51 para o Conselho Fiscal, no entanto, não se furtou a criticar duramente as seguidas gestões desastrosas do fundo de pensão dos petroleiros e a sua patrocinadora master.

“A quem pertence a Petros? A Petros não é da Petrobrás. A Petros é nossa. A Petrobrás não tem nada lá dentro, a não ser dívidas. Dívidas que nós vamos cobrar. Esses equacionamentos que estamos pagando são dívidas da Petrobrás”, criticou.

“E a Petrobrás vai ter que comparecer [com o pagamento de suas dívidas], porque não basta dar R$ 200 bilhões para os acionistas, que na maioria são estrangeiros. Temos que garantir aquele contrato que assinamos com a Petrobrás, que diz que na nossa aposentadoria teríamos tranquilidade. Não é possível passar o sufoco que estamos passando agora, com vários companheiros tendo os seus contracheques zerados”, complementou o candidato.

Sinedino ainda salientou que os participantes devem tomar conta da Petros através da eleição dos candidatos aos conselhos, para que eles consigam também incidir no estatuto a fim de que os assistidos possam eleger os diretores do fundo de pensão.

“O que engorda o animal é o olho do dono. Temos que estar o mais perto possível da Petros. A Previ [fundo de pensão do Banco do Brasil] tem diretores eleitos. A Funcesp [atual Vivest, maior entidade fechada de previdência de capital privado do Brasil] tem diretores eleitos. Por que a Petros, o segundo maior fundo de pensão do país, não tem diretores eleitos?”, questionou Sinedino.

“A Petros tem que ser rentável, sim, com olho no desenvolvimento do país. É uma responsabilidade muito grande dos fundos de pensão, que tem um volume de dinheiro enorme e não pode ser apenas jogado na ciranda financeira. Ele tem que ser usado para alavancar o desenvolvimento do país”, complementou, convocando a mobilização e o apoio da categoria. “Não basta votar. Vamos pressionar a Petrobrás a pagar suas dívidas e a revigorar o nosso fundo de pensão. Até a vitória, companheiros”, bradou.

Os candidatos titular e suplemente da chapa n° 66, Vinícius Camargo (diretor do Sindipetro RJ) e Rafael Prado (presidente do Sindipetro SJC), respectivamente, não puderam comparecer ao lançamento oficial da “Unidade para o Futuro da Petros”, mas enviaram vídeos com mensagens para a mobilização dos participantes da Petros rumo à eleição e ao fim dos PEDs.

“Eu quero saudar o ato de hoje, com o lançamento do curso de formação em previdência e das nossas chapas. A gente sabe da importância desse momento pra que a gente conflua forças e garanta as condições de fazer um acordo necessário para derrotar os PEDs e constituir o plano de previdência. Garantir, de fato, uma aposentadoria aos trabalhadores”, destacou Vinícius Camargo.

“Vamos juntos garantir essa vitória e que a gente possa lutar e defender nossos direitos nos conselhos do fundo de pensão. Rumo à vitória. Unidade para o Futuro da Petros”, complementou Rafael Prado.

O direito ao voto para as eleições do Conselho Deliberativo e do Conselho Fiscal da Petros é aberto a todos os participantes, ativos ou assistidos, regularmente inscritos na Petros até o dia 31/05/2023, e em pleno exercício dos seus direitos estatutários no período de votação, entre 25/09 e 09/10.

Participe das mobilizações em defesa dos participantes da Petros, pelo fim dos equacionamentos, e apoie os candidatos da frente UNIDADE PARA O FUTURO DA PETROS.

Fonte(s) / Referência(s):

Jornalismo AEPET
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