Chanceler russo afirma que o Ocidente não quer a expansão dos Brics
Serguei Lavrov destacou que a maioria no mundo "não quer viver de acordo com as regras ocidentais e defende o direito internacional"
O ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, se pronunciou nesta sexta-feira (30) sobre a expansão dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) afirmando que o objetivo do Ocidente é não permitir o crescimento da organização.
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Em agosto, na África do Sul, os Brics irão debater a expansão com a inserção no bloco dos países candidatos: Argentina, Uruguai, Arábia Saudita, Argélia, Egito, Indonésia, Irã e Turquia.
Ele destacou que a maioria no mundo “não quer viver de acordo com as regras ocidentais e defende as normas universais do direito internacional, consagradas principalmente na Carta das Nações Unidas (ONU)”.
“O desafio a que nos propusemos, e que é partilhado pela grande maioria dos países, é garantir que todos os princípios contidos na Carta da ONU sejam aplicados sem exceção na sua totalidade, não seletivamente, e em toda a sua interligação “, frisou o chanceler.
Lavrov fez o pronunciamento durante a habitual coletiva de imprensa para tratar dos principais assuntos que envolvem a Rússia.
“Sublevação”
Após a fracassada rebelião liderada pelo grupo militar privado Wagner, Yevgeny Prigozhin, Lavrov disse que o Ocidente não tem com o que se preocupar: a Rússia sairá fortalecida da recente crise interna.
“De qualquer evento, e dificilmente poderíamos usar um nome mais forte, a Rússia sempre sai mais forte”, disse Lavrov, acrescentando que é difícil caracterizar a tentativa de motim de Yevgeny Prigozhin como algo mais forte do que “sublevação”.
O chanceler russo respondeu assim a um jornalista estrangeiro que lhe perguntou sobre a estabilidade da Rússia após a recente revolta armada. “Não devemos explicações a ninguém (…) Se no Ocidente há pessoas que têm dúvidas sobre isso, o problema é delas”, disse Lavrov.
Ucrânia
Sobre a guerra com a Ucrânia, o chefe da diplomacia russa qualificou como “pura mentira” as acusações contra Moscou de preparar uma explosão na central nuclear de Zaporizhia.
“O que eles dizem (na Ucrânia), que parece que vamos nos explodir enquanto estamos em uma instalação nuclear, é necessário comentar? É pura mentira”, explicou.
De acordo com as declarações do ministro das Relações Exteriores, as autoridades de Kiev “apresentam qualquer delírio como a tarefa mais atualizada para hoje e exigem que o Ocidente apoie essas iniciativas delirantes”.
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