Petrobrás dá início aos testes exigidos pelo IBAMA

Atividade é a última antes de concessão de licença de exploração

Publicado em 25/08/2025
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A Petrobrás e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) deram início neste domingo (24) a avaliação pré-operacional (APO) no bloco marítimo FZA-M-59, na Margem Equatorial.

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A APO é um amplo simulado de emergência, exigência que é a última etapa do processo de obtenção de licença ambiental para exploração de petróleo. O exercício simulado foi agendado depois de meses de negociação entre a empresa estatal e o órgão do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) que concede a autorização.

A Margem Equatorial é vista pela indústria do petróleo como nova fronteira de exploração, com gigante potencial de produção. A proximidade de ecossistemas sensíveis na região, porém, gera preocupações sobre os impactos da atividade. O bloco marítimo FZA-M-59 fica em águas profundas, a 175 quilômetros da costa do Oiapoque, no Amapá.

A sonda NS-42 está posicionada, desde a noite da última segunda-feira (18), no poço Morpho 1-APS-57, onde será feita a perfuração, caso autorizada. Diversos outros equipamentos e estruturas também entrarão em atuação no simulado.

O procedimento simulado deve durar de três a quatro dias, podendo variar, conforme as condições de execução das atividades planejadas.
Estrutura preparada

Durante a APO, é verificada, por meio de simulações, a efetividade do plano de emergência proposto pela Petrobras ao Ibama.

As simulações testarão, na prática, a capacidade de resposta em caso de acidentes com derramamento de óleo, incluindo a eficiência dos equipamentos, agilidade na resposta, cumprimento dos tempos de atendimento à fauna previstos e a comunicação com autoridades e partes interessadas.

De acordo com a Petrobrás, o exercício simulado envolverá mais de 400 pessoas. A estrutura mobilizada inclui:

uma sonda;
três helicópteros;
seis embarcações equipadas para contenção e recolhimento de óleo, sendo duas delas sempre próximas do navio sonda (OSRV);
um avião;
duas unidades de atendimento à fauna (em Belém e no Oiapoque);
seis embarcações para resposta à fauna.

As aeronaves poderão ser utilizadas para resgate aeromédico, de fauna e monitoramento. Mais de 100 profissionais estarão dedicados à proteção animal, incluindo médicos veterinários, biólogos e outros profissionais, habilitados para atuar com fauna, segundo a Petrobrás.

O procedimento é semelhante ao que a estatal realizou em 2023 para obter licença de perfuração dos poços Pitu Oeste e Anhangá, no litoral do Rio Grande do Norte.

Fonte(s) / Referência(s):

Jornalismo AEPET
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