Sanções à Rússia colocam Europa de joelhos

Europa perdeu US$ 1,8 trilhão nos 3 anos de sanções contra a Rússia impostas pelos EUA, calcula ministério russo.

Publicado em 22/12/2025
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Em entrevista à emissora Rete 4, nesta segunda-feira (15), o vice-primeiro-ministro italiano, Matteo Salvini, deixou bem claro quem sai perdendo nas sanções impostas pelos EUA à Rússia: “Gostaria apenas de observar que após quase 4 anos de conflito e 19 pacotes de sanções, que deveriam ter colocado [a Rússia] de joelhos”, o que aconteceu é que “colocaram as economias ocidentais de joelhos e aumentaram as contas de eletricidade das famílias italianas.

É por isso que peço cautela em termos de rearmamento”. Por “economias ocidentais”, leia-se Europa, já que os EUA saíram ganhando e se tornaram o principal fornecedor de petróleo e gás aos países europeus. (Como disse Paulo Nogueira Batista Jr., “Ocidente” é como se autodenomina um grupo de países de alta renda que representa só 15% da população mundial, mas quer continuar dando as cartas)

 

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Como se não bastasse, Salvini acrescentou: “Nem Hitler nem Napoleão conseguiram colocar Moscou de joelhos, e duvido que Kaja Kallas, Macron, Starmer e Merz consigam”, referindo-se à chefe da diplomacia europeia, ao presidente francês e aos primeiros-ministros britânico e alemão, respectivamente.

As economias dos países europeus perderam até US$ 1,8 trilhão (cerca de R$ 9,79 trilhões) entre 2022 e 2025 devido a sanções contra os russos, afirmou o Ministério das Relações Exteriores da Rússia em um comunicado divulgado em 6 de dezembro, segundo a agência Sputnik.

Na quarta-feira, o Parlamento Europeu aprovou legislação para proibir as importações de gás natural liquefeito (GNL) russo no mercado spot, assim que o regulamento entrar em vigor no início de 2026, enquanto as importações de gás russo por gasoduto serão eliminadas gradualmente até 30 de setembro de 2027.Em outubro, a Rússia representava 12% das importações de gás da UE, uma queda em relação aos 45% antes do conflito entre Rússia e Ucrânia em 2022.

Leonid Mikhelson, CEO da Novatek, segunda maior produtora de gás da Rússia, alertou que excluir o GNL russo do balanço global de gás aumentará o preço do gás. “A Rússia responde atualmente por mais de 10% da produção global de GNL. Se esses volumes forem retirados do balanço global de gás, os preços dispararão e os consumidores europeus acabarão pagando os custos mais altos”, explicou Mikhelson.

Fonte(s) / Referência(s):

Marcos de Oliveira
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