Como o bloqueio de Trump à Venezuela está interrompendo o fluxo de petróleo para a China e Cuba.

O governo Trump ordenou que os militares dos EUA imponham uma "quarentena" de dois meses ao petróleo venezuelano como parte de uma intensificação da "diplomacia das canhoneiras" para pressionar o regime de Maduro.

Publicado em 29/12/2025
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O governo Trump ordenou que as Forças Armadas dos EUA imponham uma "quarentena" de dois meses ao petróleo venezuelano, sinalizando uma intensificação da diplomacia das canhoneiras com o objetivo de fomentar a instabilidade do regime em Caracas, com potenciais efeitos colaterais que podem se espalhar pelo Caribe e chegar a Cuba.

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"Embora ainda existam opções militares, o foco inicial é usar a pressão econômica por meio da aplicação de sanções para alcançar o resultado desejado pela Casa Branca", disse um funcionário americano à Reuters na tarde de quarta-feira, sob condição de anonimato.

A Guarda Costeira dos EUA já interceptou dois petroleiros venezuelanos neste mês e está preparada para apreender outro navio-tanque da frota clandestina, mas a embarcação Bella-1 escapou.

Fontes familiarizadas com o navio Bella-1, alvo de sanções, disseram à Bloomberg que o petroleiro recuou para o Atlântico após ser perseguido pela Guarda Costeira dos EUA. O navio não cumpriu as instruções para se deslocar para águas mais calmas para a abordagem.

A decisão do Bella-1 de evadir as águas venezuelanas sob forte vigilância ressalta como o bloqueio imposto pelos EUA pela administração Trump, amplamente visto como diplomacia das canhoneiras, já interrompeu o fluxo de petróleo entre Venezuela, Cuba e China. O bloqueio tende a aumentar ainda mais a pressão financeira sobre o governo do presidente Nicolás Maduro, restringindo receitas petrolíferas cruciais. Pequim já condenou a diplomacia das canhoneiras de Trump.

Segundo a empresa de análise Kpler, Caracas exportou quase 900 mil barris por dia este ano e depende de 400 navios-tanque da frota clandestina para transportar o petróleo bruto, grande parte do qual tem como destino a China.

"Os esforços realizados até agora têm exercido uma enorme pressão sobre Maduro, e acredita-se que, até o final de janeiro, a Venezuela enfrentará uma calamidade econômica, a menos que concorde em fazer concessões significativas aos EUA", disse o funcionário americano à Reuters.

 

 

Também noticiado esta semana, o governo Trump continua a expandir sua grande presença militar no Caribe, com mais de 15.000 soldados, um porta-aviões, vários navios de guerra e caças furtivos posicionados em toda a região.

Como já observamos repetidamente, tudo isso reflete uma significativa reposicionamento das forças armadas dos EUA em direção à chamada defesa do hemisfério ocidental, efetivamente uma Doutrina Monroe 2.0.

De acordo com a empresa de análise Kpler, Caracas exportou quase 900 mil barris por dia este ano e depende de 400 navios-tanque clandestinos para transportar o petróleo bruto, grande parte do qual se destina à China.

 

Fonte(s) / Referência(s):

Jornalismo AEPET
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