China e Brasil: caminhos diferentes, resultados opostos
Ex-assessor de Dilma no Banco dos Brics, Elias Jabbour enfatiza no AEPET TV que, enquanto o Brasil se desindustrializa, competitividade chinesa é cada vez mais estrutural.
A China optou pelo caminho inverso ao proposto pelo Consenso de Washington e obteve enorme êxito ao construir um arcabouço institucional favorável ao desenvolvimento, com investimento público atualmente na casa do trilhão de dólares, enquanto o Brasil abraçou o receituário neoliberal, que estrangula o gasto do governo, e amarga uma desindustrialização acelerada 40 anos.
Nesta entrevista, o professor dos programas de Pós-Graduação da UERJ em Economia e Relações Internacionais, Elias Jabbour, revela ao AEPET TV que os investimentos para a soberania e transição energética já respondem por 40% do incremento ao PIB chinês, substituindo o setor imobiliário, que chegou a representar 30%.
Ex-assessor de Dilma Rousseff no Banco dos Brics, o economista considera muito alto o custo para uma eventual aventura imperialista do gigante asiático e rejeita a ideia de que o trabalho escravo estaria servindo de base para a competitividade internacional do país, pois a China há 20 anos tem aumento de salário acima da inflação, da produtividade do trabalho e do PIB.
O economista observa que a administração do câmbio é central para proteger os setores não competitivos da economia do país, mas as vantagens chinesas são cada vez mais estruturais.
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