Prado: “A globalização acabou e o novo ainda não surgiu”
Mundo que acompanhamos entre a década de 1970 e a crise financeira de 2008 não existe mais
Coube ao professor Luiz Carlos Prado, que coordena o Programa de Pós-graduação em Políticas Públicas, Estratégias e Desenvolvimento (PPED)/IE/UFRJ, fazer a palestra de abertura do ciclo de seminários, encerrado no último dia 13 de maio, no Rio, intitulado “Uma nova geopolítica para as cadeias produtivas do gás natural: desafios e oportunidades para a reindustrialização brasileira e impactos sobre o Rio de Janeiro”.
O professor avalia que a economia mundial está em transição da chamada globalização, onde impera a ideia do livre comércio, para outro movimento, ainda indefinido, mas com impacto geopolítico talvez tão grande quanto o que ocorreu no Pós-Guerra, dificultando análises e projeções.
Prado, que é Ph.D em Economia pelo Queen Mary College, da Universidade de Londres, avalia que o Brasil tem potencial “gigantesco” para aproveitar esta transição e se reindustrializar, mas deve priorizar como elemento de segurança nacional a garantia de alguns bens estratégicos como fármacos, diesel e fertilizantes, como ficou evidente na pandemia da Covid. Para tanto, o país teria que superar a fragilidade de uma sociedade partida.
Nesta entrevista ao AEPET TV, Prado afirma que “o mundo que acompanhamos entre a década de 1970 e a crise financeira de 2008 não existe mais”.