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Rosangela Buzanelli é a representante dos trabalhadores no Conselho de Administração da Petrobrás
Rosangela Buzanelli Torres
Rosangela Buzanelli Torres é engenheira geóloga formada pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). É a representante dos trabalhadores no Conselho de Administração da Petrobrás

A importância da retomada das obras na RNEST

Penso que precisamos avançar mais e resgatar o projeto original do Comperj, mutilado pela gestão bolsonarista

Publicado em 04/07/2023
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Na última reunião do Conselho de Administração, em 28 de junho, aprovamos, por unanimidade, a retomada da construção do trem 2 da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco, que estava parada desde 2015. Os trabalhos devem ser reiniciados já no ano que vem e a previsão é que a unidade entre em operação em 2027.

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A decisão da Petrobrás de dar continuidade a essa obra é formidável e, além de ampliar a oferta de derivados, trará um grande impulso à indústria de óleo e gás e à economia regional e nacional.

A medida, segundo informou a estatal, foi fundamentada em criteriosa reavaliação do Projeto Rnest e a obra se mostrou economicamente atrativa, com base nas premissas do Plano Estratégico 2023-2027. O principal objetivo da Petrobrás, com a conclusão dessa planta, é expandir a capacidade de refino do país, em atendimento à demanda do mercado interno por derivados de petróleo. Quando o trem 2 estiver pronto, a capacidade de produção nacional deve aumentar em cerca de 13 milhões de litros de diesel S-10 por dia.

A Rnest foi a última unidade de refino entregue pela Petrobrás. A refinaria entrou em funcionamento no final de 2014 e sua construção foi interrompida poucos meses depois. As obras foram abandonadas por conta da Operação Lava Jato, que apontou indícios de superfaturamento na construção.

Faz oito anos que a Rnest está com suas obras paradas. Ela, que é a mais moderna do Brasil, está conectada ao sistema logístico nacional e desempenha um papel estratégico no desenvolvimento do Nordeste do país.

O fato é que se a construção da Rnest tivesse sido concluída, hoje nosso país teria mais combustíveis e a Petrobrás estaria vendendo mais e, consequentemente, gerando mais caixa. Quanto a Petrobrás e o Brasil perderam com essa paralisação? Esta pergunta precisa de resposta.

Felizmente, a visão estratégica do acionista controlador e da atual gestão da companhia mudou. Implantar a Rnest com toda sua capacidade (260 mil barris/dia) é maravilhoso. Mas penso que precisamos avançar mais e resgatar o projeto original do Comperj, mutilado pela gestão bolsonarista, rever os “TCCs” com o Cade, nas áreas de refino e gás, e reavaliar as vendas de ativos importantes como Rlam, Reman, SIX, TAG, NTS, BR, Albacora Leste e tantos outros…

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