
Resposta a Jean Paul Prates
Espero que a direção da Petrobrás reflita sobre o rumo equivocado em que vem tomando suas decisões do ponto de vista do conteúdo nacional.
Decepcionante é a palavra que melhor expressa a recepção do artigo de Jean Paul Prates no Globo de 13 de dezembro, sob o título “Novas oportunidades para a indústria nacional”. O artigo foca no descomissionamento, atividade que agrega algum valor para as empresas envolvidas na construção submarina, porém relega aos estaleiros uma atividade de valor agregado ínfimo, incapaz de remunerar o investimento em instalações.
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Em todo mundo, o descomissionamento é feito em instalações dedicadas a esta atividade e pago pelas petroleiras. A Petrobrás optou por usar a falta de oferta de contratos para ocupar os dois grandes diques de construção do país com uma atividade que remunerará esses parques com valores a R$ 100 milhões em todo o período. Escolha-se uma instalação, mas não entope os diques nacionais.
Não se retoma o conteúdo nacional com sucatas. Para existirem novas oportunidades para a indústria nacional, a Petrobrás precisa renovar a frota própria da Transpetro, retomar o seu bem sucedido programa de construção de barcos de apoio nacional concebido em conjunto com o BNDES.
No caso da construção offshore, retomar as corretas práticas de gerenciamento de contratos separadas de construção de cascos, integração e construção de módulos com fluxo de caixa neutro, prazo de pagamento das faturas dentro dos padrões normais da indústria e exigência de conteúdo local com indicação de construção dos módulos em qualquer instalação no Brasil através de contratos próprios.
A política atual de contrato único das plataformas levou à concentração excessiva de contratos com apenas um contratante cingapuriano que as executa na China e Cingapura e distribui migalhas em Angra dos Reis e Aracruz. Deixou todo o resto da indústria parada.
Não existe justificativa gerencial de suposta e discutível eficiência se o resultado final é a cartelização e monopólio de fornecimento, com exportação maciça de empregos.
É uma estratégia de contratação falida.
Espero que a direção da Petrobrás reflita sobre o rumo equivocado em que vem tomando suas decisões do ponto de vista do conteúdo nacional.
Ariovaldo Rocha é presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval)
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Onde vocês estavam, nos últimos quatro anos ?
Fez a pergunta crucial e chave, Zé Viana! Não é preciso dizer mais nada. Se o Sr. Ariovaldo Rocha discordou é porque o Prates está trilhando o caminho certo. Sim, não custa repetir, onde vocês… Ler mais »
Fazendo a Petrobrás ter lucro, ao contrário deste desgoverno que já deu um rombo de 170 milhões.
boa pergunta.
estavam tudo com o rabo dentro das pernas defendendo o Mito.
Estávamos dentro de casa economía ve depois ordem do STF, já esqueceram.
Dentro de casa economía se ve depois era ordem do STF. O país só não faliu graças a Jair Messias Bolsonaro.
Estavam criticando o entreguismo do Bolsonaro
É evidente a superioridade dos estaleiros asiáticos na construção dos cascos. No entanto, os módulos e a integração deveriam ser executados no Brasil obrigatoriamente.
Uma politica industrial séria envolve reuniões setoriais nas quais se estabelece metas e se incentiva os segmentos onde existe vocação nacional para competir.
Comprovadamente o período de maior desenvolvimento industrial e tecnológico do Brasil ocorreu durante o regime militar 1964/1985, entre algumas das realizações estavam; Implantação das TV coloridas em nossas residências, pelas mãos de um Oficial do… Ler mais »
E ao visto é o que defendem novamente: o protecionismo estatal. Desta vez vestido com camiseta vermelha e viés esquerdista.
Protecionismo estatal é necessário para o desenvolvimento de áreas industriais onde o investimento é muito grande.
A NASA só existe devido o proteciomismo estatal americano,que tambem foi o que possibilitou a construção das bombas atômicas.
Mas quem suspendeu a integração dos módulos no Brasil e optou pelos asiáticos foi o governo bolsonaro.
Negativo no impcheamwnt da presidanta toda industria naval já estava na falencia.
E aí os americanos e associados mandaram o recado, governo do Brasil parem de investir em tecnologia. Inclusive faltou falar na indústria militar dos tanques de guerra, Ipanema, urutu, cascavel, até o Osório, e os… Ler mais »
Tempo bom, em que o MPF e PF só investigavam os opositores do governo
Eita, faltou você citar que os milicos também inventaram a computação e a telefonia celular. kkkk Ah, também faltou dizer que fizeram a transposição do São Francisco, e que de 2012 até 2019 renovaram a… Ler mais »
Também foi no governo dos petistas que só faltou roubar as prensas da casa da moeda, pois a Petrobrás só não quebrou porque demitiram a presid anta antes… prenderam toda a cúpula petista corrupta de… Ler mais »
Essa reclamação deveria ser para o Presidente do Brasil. O Presidente da PETROBRAS não é mais nada do que alguém indicado diretamente pelo Presidente…
Será que mais uma vez a Petrobras vai ter que pagar mais caro e esperar mais para obter as plataformas?
Se é má a política, maus serão os resultados….
No Brasil, Conteúdo Local = Reserva de Mercado
Mas o que esperavam de uma gestão que nem sequer passou pelo crivo dos verdadeiros conhecedores da área que são os técnicos altamente especializados. Mais uma vez o cabidel tomou parte da seleção dos que… Ler mais »
Neste desgoverno a empresa voltou ao compadrio, toma lá da cá. O governo passado realizou gestão e está voltou a crescer…infelizmente nas mãos de políticos interesseiros com certeza teremos problemas de corrupção desenfreada novamente…basta ver… Ler mais »
eu posso não entender de Petrobrás funciona mas estou vendo inoperância no comando da nação q afeta todos os setores
Esse navio Dragão do Mar, foi fabricado no estaleiro Atlântico Sul em Pernambuco.
Bom era no tempo do Bozo
Fez o L e agora está chorando, vai entender!!
Tivemos estaleiro pra quebrar nesses ulmos 7 anos?
Não vai demorar muito pra esse desgoverno quebrar novamente os estaleiro no Brasil e gerar um grande desemprego no setor.