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Sergio Xavier Ferolla

Uma Luz de Esperança

Há pouco mais de um ano, buscava o governo definir os rumos da nova administração, quando vários descaminhos começaram a ser observados na c

Publicado em 01/10/2020
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Há pouco mais de um ano, buscava o governo definir os rumos da nova administração, quando vários descaminhos começaram a ser observados na condução da máquina pública.

Em fevereiro de 2019 já eram registradas alertas em relação a líderes populistas deturpando a democracia, ao imporem ações em detrimento dos interesses da comunidade. Submisso e espelhado nesses governantes, como Trump, em especial, nosso despreparado Presidente aceitou orientações maléficas em setores sensíveis, como Educação e Relações Internacionais.

Como os descaminhos se agravavam dia a dia, em julho de 2019 o artigo "Dando nome aos bois", detalhava a influência da perigosa facção de direita radical, chefiada pelo norte-americano Steve Bannon. Agindo em vários países, seus asseclas priorizam irrestrito liberalismo na economia e o cerceamento das liberdades políticas, inclusive pela força, se necessário.

Sob falsa bandeira de "neo conservadores", tal movimento, nascido nos Estados Unidos em 1965, aliciou pensadores e lideranças políticas, para um "projeto" de nova "internacional populista". Tendo como arauto o fascista Esteve Bannon, buscam o controle das massas criando mitos na religião e na política. Sob essa ótica, estimulam a formação de governos com poderes absolutos e rejeição aos princípios universais da lei natural.

Além de influenciarem políticos americanos e europeus, conquistaram o apoio de uma entidade ligada ao Cardeal Raymond Burke, líder da direita católica americana, para criticar o Papa Francisco, pela política em defesa de pobres e imigrantes.

Visando nossa região, em janeiro de 2020 Bannon elegeu o deputado estadual Eduardo Bolsonaro como líder na América do Sul. Mesmo se tratando de político inexpressivo, considerou a importância do seu livre trânsito um facilitador para agentes e seguidores no ambiente palaciano.

Por se considerarem blindados frente às demais autoridades da república, mobilizaram grupelhos para ofender cidadãos ilustres, políticos, militares e Ministros da Corte Suprema, (STF). Contando com a simpatia do Presidente e a tolerância de alguns Ministros de Estado, acabaram violando sagradas barreiras constitucionais, motivando severa reação das Instituições.

Às ações policiais se seguiram inquéritos e investigações sobre familiares, políticos e notórios ideólogos. Os trâmites legais e sólidos indícios de ameaças à democracia, não só intimidaram os baderneiros como identificaram financiadores, empresários e agentes.

Apesar das esperanças no porvir, os cidadãos se sentiam como o filósofo grego Diógenes que, com modesta lanterna, caminhava pelas ruas em busca dos "homens de valor". Mas para surpresa de todos, inesperado clarão surgiu no horizonte político no recente 20 de agosto, com a prisão de Bannon por corrupção e lavagem de dinheiro. Em contraste ao fervor democrático, sepulcral silêncio passou a imperar no palácio e entre os que louvavam o mandante do "projeto".

Desativada a fonte das discórdias e das teorias supremacistas, políticos e autoridades voltaram a dialogar em busca de acordos para enfrentar a complexa realidade econômica e social do país. Renda mínima e auxílios de emergência surgiram para amenizar, a curto prazo, parcela dos atingidos pelo desemprego e a recessão. Mas sobrevivendo na periferia de uma sociedade omissa e injusta, outros milhões emergiram nas estatísticas carecendo de alimentação e moradia.

Frente a tão deprimente cenário, além das cívicas manifestações externadas no 7 de setembro, data de nascimento do país, caberá aos cidadãos de bem zelar pela nobreza das famílias para que, desde os lares mais humildes, afeto e respeito se tornem fundamentos para as futuras gerações.

Num ambiente democrático e com justiça social, aos "homens de valor" caberão mobilizações sobre autoridades e lideranças, motivando nos jovens a esperança de oportunidades e sua ativa presença nas realizações nacionais.

* Sergio Xavier Ferolla

Tenente Brigadeiro Sergio Xavier Ferolla

Ministro Aposentado do Superior Tribunal Militar

Transcrito do jornal A Voz do Povo, de Bom Jesus do Itabapoana (RJ)

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