Ativos financeiros do Brics atingem mais de 50% do nível mundial

Ministro russo afirma que são mais de US$ 60 trilhões em ativos e diz que NDB passa de Banco do Brics a banco do Sul Global

Publicado em 04/07/2025
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Os ativos financeiros do Brics atingem US$ 60 trilhões, mais de 50% do nível mundial, afirmou o ministro das Finanças da Rússia, Anton Siluanov, durante a cerimônia de abertura do Conselho dos Diretores do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, na sigla em inglês), no Rio de Janeiro.

Siluanov afirmou que, nestas condições, muda também o modelo do banco, que passa “de um banco dos países do Brics a um banco do Sul Global”, que aumenta sua geografia e ao qual aderem novos países.

Siluanov declarou que os países do Brics continuam empenhados no trabalho sobre transações internacionais e o desenvolvimento da interação interdepositária.

“É necessário um mercado financeiro forte dos países do Sul Global. É importante criar uma infraestrutura com um fluxo de capital sem precedentes. Estamos trabalhando nisso no âmbito do Brics.”

Dilma: orgulho pelos 10 anos do Banco dos Brics

Ao participar da cerimônia de 10 anos do NDB, a presidente da instituição, Dilma Rousseff, avaliou que o desenvolvimento deve ser sustentável, inclusivo, justo, resiliente e soberano. “Comemoramos, portanto, a primeira década do banco não só com orgulho, mas com senso renovado de propósito”.

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“O mundo de hoje não é o mesmo de 2015. Está mais fragmentado, mais desigual e mais exposto a crises sobrepostas – crises climáticas, econômicas, geopolíticas. O multilateralismo está sob pressão. Testemunhamos um recuo na cooperação e o ressurgimento do unilateralismo”, enfatizou a ex-presidente do Brasil.

Segundo Dilma, tarifas, sanções e restrições financeiras estão sendo utilizadas como “ferramenta de subordinação política”. “Cadeias produtivas globais estão sendo reestruturadas, não apenas pela busca de mais eficiência, mas sim por interesses geopolíticos”.

“E o sistema financeiro internacional continua profundamente assimétrico, colocando os fardos mais pesados sobre aqueles com menos recursos. O cenário exige mais e não menos cooperação. E exige instituições que reflitam as realidades e as aspirações do mundo de hoje, não somente do mundo de oito décadas atrás, explicou”.

Para Dilma, a missão proposta pelo NDB segue “não apenas relevante, mas essencial”. “Demonstramos, nos últimos 10 anos, que é possível construir uma instituição confiável, eficiente e adaptável, que produz resultados reais e, ao mesmo tempo, defende os valores da solidariedade, equidade e soberania”.

“Não temos o objetivo de substituir quem quer que seja. Porém, buscamos provar que há mais de uma maneira de promover o desenvolvimento. E os países emergentes e em desenvolvimento merecem instituições que compreendam seus desafios, respeitem suas escolhas e apoiem suas ambições”, concluiu.

Com informações das agências Sputnik e Brasil

Fonte(s) / Referência(s):

Jornalismo AEPET
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