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EUA ameaçam a Venezuela com a volta das sanções

O Governo venezuelano exigiu respeito pelos seus assuntos internos e afirmou que a sua resposta será “calma, recíproca e enérgica”.

Publicado em 31/01/2024
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Compañía General de Minería Venezolana (Minerven), Bolívar, Venezuela
Compañía General de Minería Venezolana (Minerven), Bolívar, Venezuela

Os Estados Unidos ordenaram a todas as entidades norte-americanas envolvidas em relações comerciais com a mineradora venezuelana Minerven que comecem a desfazer essas relações antes do regresso a um regime de sanções em abril, depois de expirar o alívio de seis meses acordado em outubro de 2023.

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A medida segue-se às ameaças de Washington de que irá reimpor sanções a Caracas se o governo Maduro não cumprir a sua promessa de realizar eleições democráticas.

Uma vez que esse governo confirmou a proibição da candidata da oposição, Maria Corina Machado, os EUA tiveram de cumprir a ameaça.
As sanções, que visam principalmente a indústria petrolífera da Venezuela – o maior contribuinte para as exportações do país– foram aliviadas em outubro em troca da promessa acima mencionada. Os EUA alertaram no início que o desvio do acordo original para eleições democráticas levaria automaticamente ao regresso das sanções.

A flexibilização ajudou a Venezuela a aumentar as suas receitas de exportação de petróleo, com expectativas para este ano de 20 bilhões de dólares, segundo a Reuters, contra um total de 12 bilhões de dólares em receitas petrolíferas no ano passado. Contudo, se as sanções forem reimpostas, as perspectivas mudarão drasticamente.

"Os descontos nos preços do petróleo da Venezuela diminuíram muito e o lucro das vendas tornou-se mais fácil para a estatal PDVSA. Isso estava ajudando Maduro", disse à Reuters o diretor do Programa Latino-Americano de Energia do Instituto Baker da Universidade Rice, Francisco Monaldi.

“Se a licença for retirada em abril, as receitas serão novamente reduzidas e os cenários de forte crescimento econômico e eleições competitivas desaparecerão”, acrescentou.

Após o alívio das sanções em outubro passado, a Venezuela planejou expandir a sua produção de petróleo de menos de 800.000 bpd para mais de 1 milhão de bpd. As perspectivas de que isso aconteça agora diminuíram. Os analistas também preveem um risco maior de escassez doméstica de combustível se as sanções voltarem a vigorar em abril.

O Governo venezuelano respondeu exigindo respeito pelos seus assuntos internos e afirmou que a sua resposta será “calma, recíproca e enérgica”.

Fonte(s) / Referência(s):

Charles Kennedy
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