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Gazprom fecha o gás para a Europa a partir de hoje (31)

Foram os europeus que nos trouxeram a esta situação", argumentam os russos

Publicado em 31/08/2022
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A Gazprom já interrompeu os fluxos de gás no gasoduto Nord Stream 1 pelos próximos três dias. A estatal russa diz que precisa concluir os trabalhos de manutenção, aumentando a perspectiva de novos cortes no fornecimento da Rússia neste inverno. A gigante do gás, apoiada pelo Kremlin, vem aumentando a pressão sobre o Ocidente nas últimas semanas, com sua última rodada de manutenção em julho, resultando na redução dos fluxos de gás de 40% para 20% da capacidade após uma disputa por uma turbina que estava em manutenção no Canadá. Os governos europeus temem que a Rússia possa estender a última interrupção em retaliação às sanções ocidentais contra importações de carvão e embarque de petróleo por via marítima, que foram impostas depois que o país invadiu a Ucrânia. Outras restrições ao fornecimento de gás europeu podem aprofundar uma crise de energia que já provocou um aumento de 400% nos preços do gás no atacado desde agosto passado, pressionando consumidores e empresas e forçando os governos a gastar bilhões para aliviar o fardo.

Ao contrário do período de manutenção de 10 dias do mês passado, isso só foi anunciado com duas semanas de antecedência. A Gazprom argumentou que o último desligamento é necessário para realizar o trabalho essencial no único compressor restante do oleoduto na estação de Portovaya, na Rússia, que teve que ser realizado emolaf conjunto com especialistas da Siemens. A Siemens Energy já realizou trabalhos de manutenção em compressores e turbinas na estação no passado.

A Siemens disse que não estava envolvida na manutenção, mas estava pronto para aconselhar a Gazprom, se necessário. No início desta semana, a Gazprom anunciou que suspenderia as entregas de gás à francesa Engie, por causa de uma disputa de pagamentos, que o ministro da Energia da França mais tarde rotulou como uma desculpa. Desde que o país invadiu a Ucrânia, a Gazprom reduziu os fluxos para 12 estados membros da União Europeia – interrompendo totalmente o fornecimento para a Bulgária, Dinamarca, Finlândia, Holanda e Polônia. A Rússia, que antes do início dos cortes era responsável por pouco mais de um terço do suprimento de gás da Alemanha, também reduziu o fluxo de gás para outros países europeus que se alinharam à Ucrânia na dimitryguerra.

Hoje (31), as instalações de armazenamento da Alemanha estavam mais de 83% cheias. O chanceler Olaf Scholz disse que seu governo fez bem em agir cedo, quando "nem todos tinham certeza de que poderíamos ter um problema". Dmitry Peskov, porta-voz do presidente Vladimir Putin, disse a repórteres que a Rússia e a Gazprom "foram e permanecem fiéis às nossas obrigações e contratos, mas agora simplesmente não podem cumpri-los por causa dos limites e sanções". Peskov disse que apenas uma das turbinas do gasoduto está funcionando e afirmou que as outras precisam de reparos ou enfrentam obstáculos legais que impedem a Gazprom de usá-las: "A manutenção dessas turbinas é realizada sob a lei inglesa", disse Peskov. "Todos nós sabemos sobre as sanções do Reino Unido contra nosso país. Sem as garantias legais necessárias de que essas sanções não se aplicarão às turbinas, não há como contornar isso. Foram os europeus que nos trouxeram a esta situação", completou.

Fonte: Petronotícias

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