Rota da Seda define relações no século 21 e o Brasil está fora
"Política de chantagem e sanções dos EUA acabou por atingir seus principais parceiros comerciais"

Na entrevista que concedeu ao programa Farol Brasil, de Jones Manoel, o sociólogo e cientista político Carlos Eduardo Martins, professor associado do Instituto de Relações Internacionais da UFRJ, alertou para o "o caos sistêmico" que o mundo atravessa,
"Trump tenta reagir ao declínio tecnológico dos EUA e percebeu que não pode abrir indefinidamente várias frentes de guerra, tanto que elegeu a China como principal inimigo. No entanto, não consegue enfrentar as forças da multipolaridade. O resultado é o isolamento crescente dos EUA, pois a política de chantagem e sanções acabou por atingir seus principais parceiros comerciais”
Para Martins, o novo cenário tem apontado aos países o caminho de, gradualmente, substituir o dólar em suas transações internacionais. Ele destaca que a transição do poder mundial revela que a China tem bases diferentes para sustentar seu desenvolvimento. “Os encontros em torno da Nova Rota da Seda reúnem até 140 países interessados na multilateralidade, em oposição à tradicional postura hegemônica dos EUA”
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O professor da UFRJ lamenta que o Brasil venha fazendo concessões ao imperialismo norte-americano, bloqueando a participação de países vizinhos à expansão do poder multilateral, como foi o caso do veto à entrada da Venezuela no BRICS. Além disso, o Brasil segue fornecendo petróleo a Israel, apesar da retórica de Lula ao genocídio em Gaza.
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