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Petrobrás vende Pasadena pela metade do preço que pagou

Por que estão calados os arautos do apocalipse da Petrobrás?

Publicado em 03/05/2019
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A refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, foi definitivamente transferida para as mãos da Chevron. A companhia americana declarou que concluiu a transação com a Petrobrás por US$ 467 milhões, sendo US$ 350 milhões pelo valor das ações e US$ 117 milhões de capital de giro. A estatal brasileira pagou um total de US$ 1,2 bilhão pela planta, com evidente sobrepreço. Agora, a Petrobrás se desfaz do ativo por menos da metade do preço que desembolsou pela unidade.

O geólogo Luciano Seixas Chagas estranhou a redução do valor de venda da refinaria de Pasadena em quase US$ 100 milhões, em favor da Chevron. "Antes o valor era superior a US$ 0,52 bilhões e agora é de apenas US$ 467 milhões e deste só US$ 117 milhões de capital de giro (correspondente a um estoque em óleo de 1,9 milhões de barris ou de apenas 37% da capacidade de armazenamento de Pasadena da ordem de 5,1 milhões de barris2) . São números surpreendentemente estranhos que precisam ser esclarecidos e mui bem esclarecidos, pois é mui estranha a redução dos valores", critica Seixas.

A refinaria de Pasadena teve 50% de seu controle comprado pela Petrobrás em 2006, por US$ 360 milhões. Esse montante já era muito superior aos US$ 42,5 milhões pagos pela belga Astra Oil, que era até então a única operadora do ativo. Em 2008, a Petrobrás e a Astra Oil se desentenderam e uma decisão judicial obrigou a estatal brasileira a comprar a outra metade que pertencia à empresa belga. Assim, a aquisição da refinaria de Pasadena acabou custando cerca de US$ 1,2 bilhão.

"Se pegarmos a taxa de câmbio vigente na época de compra de Pasadena (US$ 700 milhões), e a atual (US$ 467 milhões), lógico excluindo todos custos judiciais pagos na negociação de Pasadena , ela foi vendida em reais pelo mesmo valor de compra e ainda gerou grandes caixas, durante o período que a Petrobras América foi proprietária, processando o petróleo proveniente do Campo Eagle Ford, um dos melhores ativos do shale oil&gas dos EUA, aliás um dos poucos que apresentam fluxo de caixa ligeiramente positivo", afirma o geólogo, para quem a venda de Pasadena "foi mais um desastre em termos de valor, e mais uma excrescência cometida pelos atuais gestores".

O geólogo conclui que a venda é lesiva ao Brasil. "E ninguém diz que a Chevron comprou ma sucata. Por que estão calados os arautos do apocalipse da Petrobras? Mentira tem pernas curtas e os fatos comprovam", resume.

Com informações do site Petronotícias

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