No sábado, a Administração dos EUA anunciou que tarifas adicionais seriam implementadas no Canadá, México e China esta semana. Canadá e México enfrentam tarifas de 25%, com a energia canadense sendo atingida por uma tarifa menor, de 10%.

A tarifa de 10% sobre as importações de petróleo canadense não quebra o refino dos EUA, mas aumentará os custos das refinarias no Centro-Oeste e na Costa Oeste, embora um dólar canadense enfraquecido absorveria parte dessa tarifa, disse Sen à Bloomberg.

O Canadá poderia enviar mais petróleo para a Ásia a partir de sua Costa do Pacífico após a expansão do oleoduto Trans Mountain, enquanto os EUA têm que pagar por alternativas, disse Sen.

O maior problema para as refinarias dos EUA seria a tarifa de 25% sobre importações do México. As refinarias na Costa do Golfo dos EUA enfrentam custos muito mais altos para 400.000 bpd de petróleo bruto mexicano e outros 200.000 bpd de importações de óleo combustível.

Essencialmente, as tarifas “são uma bênção para as refinarias asiáticas”, disse Sen à Bloomberg. “É uma vitória para boa parte do resto do mundo, apenas uma perda enorme para o refino dos EUA”, ela acrescentou.

Será uma consequência não intencional “mas é exatamente assim que vai acontecer”, disse Sen.

Comentando sobre o anúncio da tarifa, o presidente e CEO da American Fuel & Petrochemical Manufacturers (AFPM), Chet Thompson, disse: "Estamos esperançosos de que uma resolução possa ser alcançada rapidamente com nossos vizinhos norte-americanos para que o petróleo bruto, produtos refinados e petroquímicos sejam removidos da tabela tarifária antes que os consumidores sintam o impacto."

"As refinarias americanas dependem do petróleo bruto do Canadá e do México para produzir os combustíveis acessíveis e confiáveis com os quais os consumidores contam todos os dias", acrescentou Thompson.

Nesta segunda-feira, a presidente do México, Claudia Sheinbaum, anunciou um acordo com o presidente Trump, adiando por 30 dias a adoção das novas tarifas no comércio entre México e EUA.

Com informações de Oilprice.com, Reuters e Brasil 247