Na semana passada, os preços do petróleo bruto caíram 7% depois que a China anunciou tarifas retaliatórias para importações dos EUA, correspondendo à taxa dos EUA de 34% sobre as taxas existentes. O movimento foi visto universalmente como pessimista para o petróleo bruto, daí o efeito sobre os preços.

“O principal impulsionador do declínio é a preocupação de que as tarifas enfraqueçam a economia global”, disse o analista da Rakuten Securities Satoru Yoshida à Reuters. “Além disso, um aumento de produção planejado pela OPEP+ também está contribuindo para a pressão de venda”, disse Yoshida.

Os analistas de commodities do ING notaram a decisão da OPEP+ sobre a produção como um fator importante para os desenvolvimentos recentes do preço do petróleo, atribuindo essa decisão a três razões: uma, a ação de sanções dos EUA contra a Venezuela e o Irã; a pressão dos EUA sobre a Arábia Saudita para reduzir os preços do petróleo; e um desejo de punir superprodutores como o Iraque e o Cazaquistão.

O banco holandês seguiu o Goldman Sachs na revisão do preço do petróleo para o ano, agora esperando que o petróleo Brent tenha uma média de US$ 72 por barril em 2025, contra US$ 74 por barril antes, disse o chefe de estratégia de commodities do ING, Warren Patterson, em uma nota hoje.

“Por enquanto, nosso balanço continua a mostrar um déficit modesto no 2T25 e 3T25, apoiando nossa visão de que os preços neste período devem subir modestamente em relação aos níveis atuais. No entanto, isso pode mudar rapidamente, dependendo da política da OPEP+ e dos desenvolvimentos da demanda”, escreveu Patterson.

Yoshida, da Rakuten Securities, por outro lado, prevê que o WTI pode cair para apenas US$ 50 por barril se o pânico do mercado de ações se estender no tempo.

O Goldman Sachs cortou sua previsão de preço do petróleo na sexta-feira, agora esperando que o petróleo Brent tenha uma média de US$ 69 por barril em 2025 e o WTI tenha uma média de US$ 66 por barril.