Novo Plano de Negócios da Petrobrás mantém altos dividendos

A AEPET segue em desacordo com a política que mantém investimentos baixos e dividendos insustentavelmente altos

Publicado em 25/11/2024
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O plano de negócios 2025-2029 da Petrobrás, o primeiro da gestão de Magda Chambriard, agradou em cheio os especuladores de curto prazo, que, depois da divulgação da distribuição de R$ 20 bilhões em dividendos extraordinários, no primeiro dia de negociações, responderam com aumento de quase 6% no preço das ações.

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No plano divulgado, a Petrobrás prevê de US$ 45 a 55 bilhões em dividendos ordinários e de US$ 5 a 10 bilhões em dividendos extraordinários nos próximos 5 anos.

Os investimentos previstos para os próximos cinco anos podem chegar a até US$ 111 bilhões, um acréscimo de 9% em relação ao plano anterior, valor anual próximo da média histórica (desde 1965), mas muito menor que os US$ 53 bilhões por ano, em valores atualizados, realizado em período recente (2009 a 2014).

Se o mercado se mostrou animado com o plano e com a declaração de Chambriard de que a Petrobrás “é só alegria e não pretende empilhar dinheiro”, representantes dos petroleiros criticaram o plano.

O Sindipetro-RJ, por exemplo, diz que essa é “uma gestão que prioriza “colocar petróleo e gás no bolso” dos acionistas, desprezando necessidades dos brasileiros”. Para o sindicato, Chambriard deixou bem explícito que o objetivo principal da Petrobrás é o de “dar retorno ao acionista”, mantendo números escandalosos sobre a distribuição de lucros.

Já a Federação Única dos Petroleiros (FUP) declarou que a Petrobrás precisa romper com uma visão de curto prazo e orientada à distribuição de dividendos bilionários aos acionistas.

A AEPET segue em desacordo com a política que mantém investimentos baixos e dividendos insustentavelmente altos, conforme tem demonstrado em reiterados artigos do seu presidente Felipe Coutinho, o mais recente: “Política de investimentos baixos e dividendos altos é mantida pela direção da Petrobrás no 1º semestre de 2024” .

Com informações da Agência Petrobras, Reuters, FUP e Sindipetro-RJ

Alex Prado
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