Ibama volta a pressionar a Petrobrás, agora mirando expansão do pré-sal

Órgão exige programa específico sobre ações contra mudanças climáticas

Publicado em 17/07/2025
Compartilhe:
Edifício sede da Petrobras no Centro do Rio (Foto: Fernando Frazão/ABr)

Não bastasse a resistência em liberar a licença ambiental para a Petrobrás na Margem Equatorial, o Ibama agora resolveu criar novos obstáculos para a petroleira no pré-sal. O órgão ambiental interrompeu a análise da licença prévia solicitada pela empresa para a chamada Etapa 4 da Bacia de Santos. O motivo da nova barreira levantada pelo Ibama seria a ausência de um programa específico da estatal sobre ações contra mudanças climáticas. De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, a medida afeta um projeto avaliado em R$ 196,4 bilhões.

Receba os destaques do dia por e-mail

Cadastre-se no AEPET Direto para receber os principais conteúdos publicados em nosso site.
Ao clicar em “Cadastrar” você aceita receber nossos e-mails e concorda com a nossa política de privacidade.

De acordo com a reportagem, a Petrobrás não apresentou o plano e encaminhou ao Ibama apenas as suas iniciativas climáticas já realizadas.

Assim, no início de julho, o Ibama decidiu suspender a análise do pedido de licença prévia para a Etapa 4. A petroleira alegou que a exigência feita pelo Ibama é inédita e que não está prevista no termo de referência, que é a fase inicial do processo de licenciamento. Já o Ibama argumenta que o projeto envolve um volume significativo de emissões e, por isso, exige medidas adicionais para mitigação de impactos climáticos. Nas contas do Ibama, o empreendimento tem potencial de gerar 7,6 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente por ano de 2032 a 2042.

Dentro da Etapa 4, está prevista a instalação e operação de 10 unidades de produção, localizadas a uma distância mínima de 178 km da costa dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, em águas com profundidade superior a 1.880 metros. Essas unidades serão responsáveis por produzir petróleo e gás em 10 projetos de Desenvolvimento da Produção (DPs). Estão previstos cerca de 132 poços, totalizando uma produção média estimada de 123 mil m³/dia de petróleo e cerca de 75 milhões de m³/dia de gás natural — volume que será escoado por meio de gasodutos.

Com informações da Folha de S.Paulo e Petronotícias

Jornalismo AEPET
Compartilhe:
guest
7 Comentários
Mais votado
Mais recente Mais antigo
Feedbacks Inline
Ver todos os comentários

Gostou do conteúdo?

Clique aqui para receber matérias e artigos da AEPET em primeira mão pelo Telegram.

Continue Lendo

Receba os destaques do dia por e-mail

Cadastre-se no AEPET Direto para receber os principais conteúdos publicados em nosso site.

Ao clicar em “Cadastrar” você aceita receber nossos e-mails e concorda com a nossa política de privacidade.

7
0
Gostaríamos de saber a sua opinião... Comente!x