Força da Sibéria 2: o novo megaprojeto bilionário que deve unir duas potências e afrontar os EUA
Novo gasoduto busca redirecionar escoamento de gás natural da Europa para a Ásia
Os líderes de Rússia, China e Mongolia assinaram, nesta terça-feira (2), um memorando para a construção de dois grandes gasodutos, o "Força da Sibéria 2" e a seção "Soyuz-Vostok" (União-Oriente), que transportarão gás natural russo para a China através do território mongol.
O anúncio foi feito pelo diretor geral da estatal russa Gazprom, Alexei Miller, e confirmado em diferentes veículos de mídia da Rússia e da China.
O projeto, descrito por Miller como o "mais ambicioso e com maior investimento de capital da indústria global de gás", terá capacidade para transportar 50 bilhões de metros cúbicos de gás anualmente da Rússia para a China. O acordo de fornecimento pelo gasoduto principal terá vigência de 30 anos.
Com cerca de 6.700 quilômetros de extensão, o gasoduto "Força da Sibéria 2" ligará a Sibéria Ocidental à China. Desse total, aproximadamente 2.700 km ficarão em solo russo e outros 1.000 km, batizados de "Soyuz-Vostok", cruzarão a Mongólia.
O projeto visa aproveitar os campos de gás da península de Yamal e da região do Ártico, despejando a capacidade produtiva de hidrocarbonetos para o maior consumidor mundial de energia, a China.
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O projeto ganha importância estratégica para a Rússia, ao redirecionar para a Ásia volumes de gás antes destinados à Europa — que têm sido alvo de ataques desde o início da Guerra da Ucrânia — , e para a China, que garante acesso a energia a um custo competitivo.
Paralelamente, as partes também acordaram o aumento da capacidade do gasoduto "Força da Sibéria 1", já em operação, de 38 para 44 bilhões de metros cúbicos por ano.
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