A diretora técnica do Instituto de Estudos Estratégicos em Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (INEEP), Ticiana Alvares, afirmou que o debate sobre a exploração da Margem Equatorial precisa ir além da questão ambiental e se concentrar no uso estratégico da riqueza nacional. Em entrevista ao programa TV GGN 20h, exibido na noite desta segunda-feira (20) no YouTube, Ticiana destacou que a pergunta central não é “liberar ou não liberar” a Petrobras para atuar na região, mas sim “para que aumentar a exploração de óleo e gás no Brasil”.
Segurança energética
A Margem Equatorial voltou ao centro das atenções após o Ibama liberar a exploração na área. Segundo o INEEP, a decisão é necessária para garantir a segurança e a soberania energética do país nas próximas décadas. O argumento técnico é que o Pré-Sal, atual base da produção brasileira, deve atingir seu pico por volta de 2030 ou 2031 e, a partir daí, entrará em declínio.
“Se quisermos continuar falando em segurança energética, sim, é necessário buscar novas fronteiras. E, nesse caso, a Margem Equatorial é realmente promissora”, explicou Ticiana. Ela comparou o potencial da área às recentes descobertas da Guiana, do Suriname e da costa africana, observando que, embora as reservas ainda não estejam plenamente dimensionadas, o potencial é significativo.