
AMS cobra déficit 2019 que não existiu?
Recebi comunicado da AMS informando: "A partir do mês de julho, a AMS Petrobras começa a cobrar dos seus beneficiários parcelas extras
Recebi comunicado da AMS informando:
"A partir do mês de julho, a AMS Petrobras começa a cobrar dos seus beneficiários parcelas extras para restabelecer a relação de custeio 70 x 30 dos gastos com a saúde, que não foi alcançada no ano de 2019."
Analisando o relatório AMS 2019, encontramos a tabela referente à "Evolução anual dos custos assistenciais 2017/2019", conforme a seguir:
Notem que a "relação de custeio Petrobras" em 2019 indica 73%. Entretanto verificando os números vemos que o correto seria 69% (2.086 : 3004). Se isto for verdade o déficit de R$ 84,6 milhões não existe.
Gostaria de obter uma explicação da AMS sobre isto. Gostaria de saber também se existe alguma empresa auditando os números da AMS.
Outra tabela que me chamou a atenção mostra a "Evolução dos custos totais" incluindo gastos administrativos:
Se olharmos os dados registrados no sistema integrado contábil da Petrobrás, especificamente na DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO encontramos os seguintes gastos classificados como Plano de Saúde:
R$ milhões
2017 2018 2019
5.013 4.286 5.373
Gostaria de entender não só a diferença dos números mas principalmente na evolução pois nos dados contábeis existe uma queda nos gastos em 2018.
Cláudio da Costa Oliveira
Economista da Petrobras aposentado
Receba os destaques do dia por e-mail
Gostou do conteúdo?
Clique aqui para receber matérias e artigos da AEPET em primeira mão pelo Telegram.