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AEPET homenageia Pedro Castilho

“Aprendemos com Castilho que devemos manter a sobriedade mesmo nos momentos mais difíceis” – Felipe Coutinho, presidente da AEPET

Publicado em 20/06/2018
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A AEPET reuniu convidados ilustres nesta terça-feira (19) para homenagear seu ex-diretor, Pedro Francisco de Almeida Castilho, que, acompanhado de sua família, recebeu de nossa Associação uma placa comemorativa pelo reconhecimento da incrível trajetória deste engenheiro e grande brasileiro, incansável militante pela democracia e defesa do uso dos recursos naturais do Brasil em favor do desenvolvimento do país.

Mesmo após ser preso e torturado pela ditadura militar, Castilho jamais perdeu a ternura ou deixou de atuar pelas causas que abraçou desde o início de sua vida. “Desde muito jovem, me perguntava se a pobreza que eu presenciava no meu país existia também nos países socialistas”, contou. Para conferir, candidatou-se a um curso exploração de petróleo, patrocinado pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), que foi realizado da Romênia. “Constatei que, sim, era verdade que nos países socialistas não havia miséria”, lembrou.

“Ultimamente, minha maior preocupação é com os quinze ou vinte capitalistas que mandam no Brasil e no mundo. São eles os responsáveis pela miséria. Um dia isso terá que mudar”, desabafou o homenageado.

Felipe Coutinho, presidente da AEPET, destacou que a homenagem, embora simples, registrava a contribuição do engenheiro não apenas à AEPET, onde foi pioneiro na informatização. “É nosso reconhecimento público da atuação deste grande brasileiro, que registramos em um momento ruim para o país”, disse Coutinho, lembrando que naquele mesmo momento o Congresso brasileiro aprovava o Projeto de Lei – PL nº 8.939, de 2017, que passou a permitir que a Petrobrás negocie e transfira a titularidade do Contrato de Cessão Onerosa.

Essa proposição afronta ao art. 4º da Lei nº 12.276/2010 e ao próprio Contrato de Cessão Onerosa, que estabelecem inequivocamente que apenas a Petrobras será a cessionária. “Mas aprendemos com Castilho que devemos manter a sobriedade mesmo nos momentos mais difíceis”, completou o presidente da AEPET.

Em seguida, o deputado estadual Paulo Ramos (PDT-RJ) leu um trecho da moção que fez em homenagem a Castilho na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), na qual o engenheiro é classificado como “baluarte na defesa da ordem democrática do país”.

Ricardo Maranhão, diretor Jurídico da AEPET, enfatizou que o homenageado sempre esteve na linha de frente da luta contra as injustiças. “Jamais abriu mão de seus princípios. Seu exemplo nos inspirará para sempre”, frisou Maranhão.
Parafraseando uma das filhas de Castilho em seu depoimento sobre o pai, o diretor Cultural da AEPET, José Antonio Simões, resumiu o que os amigos pensam de Castilho: “um militante com ‘M’ maiúsculo”.

Os convidados, que lotaram o auditório da AEPET, receberam também um singelo livreto produzido pela Associação, trazendo depoimentos da esposa e filhas, testemunhas privilegiadas da atuação desse grande brasileiro.

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