Alemanha promete "fazer tudo" para impedir a volta dos gasodutos Nord Stream
Nord Stream 2, um projeto de US$ 11 bilhões para transportar gás natural russo da Rússia para a Alemanha através do Mar Báltico, seguindo a rota Nord Stream

A Alemanha planeja fazer tudo o que for preciso para manter o gasoduto Nord Stream 2 fora de funcionamento, disse o chanceler alemão, Friedrich Merz, na quarta-feira, em uma coletiva de imprensa com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em Berlim.
Receba os destaques do dia por e-mail
"Faremos tudo neste contexto para garantir que o Nord Stream 2 não possa ser recolocado em operação", disse Merz, citado pela Agence France-Presse (AFP).
A Alemanha continuará a aumentar a pressão sobre a Rússia, acrescentou o chanceler.
O Nord Stream 2, um projeto de US$ 11 bilhões para transportar gás natural russo da Rússia para a Alemanha através do Mar Báltico, seguindo a rota Nord Stream, foi construído no final da década de 2010. No entanto, o gasoduto nunca foi colocado em operação depois que a Alemanha cancelou o processo de certificação no início de 2022, após a invasão russa da Ucrânia.
A Rússia, por sua vez, fechou o Nord Stream 1 por tempo indeterminado no início de setembro de 2022, alegando incapacidade de consertar turbinas a gás devido às sanções ocidentais.
Em uma suposta sabotagem, a Ucrânia teria provocado vazamentos de gás e explosões nos gasodutos Nord Stream 1 e 2, no Mar Báltico, descobertos no final de setembro de 2022.
Os debates sobre os gasodutos continuam, apesar de não enviarem gás para a Alemanha há mais de dois anos e meio. Nas últimas semanas, intensificaram-se as especulações de que a retomada dos gasodutos poderia fazer parte de um acordo para o fim da guerra na Ucrânia.
No início deste mês, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que as sanções aos oleodutos Nord Stream 1 e 2 poderiam fazer parte do novo pacote de sanções da UE contra a Rússia.
A UE iniciou negociações e já está trabalhando no 18º pacote de sanções, que poderia incluir, além das sanções aos oleodutos Nord Stream 1 e 2, a inclusão de mais navios da frota paralela russa na lista de navios e a redução do teto do preço do petróleo bruto russo, acrescentou von der Leyen.
Fonte(s) / Referência(s):
Gostou do conteúdo?
Clique aqui para receber matérias e artigos da AEPET em primeira mão pelo Telegram.