Romulus Maya, editor do site Duplo Expresso, postou no twitter, em 29/09/2020, a mensagem que tem por título: "Desculpem! Engano!".

Tratava da autoria de uma designação, recentemente usada no site, para explicitar um dos acordos que agentes da banca no Brasil celebraram para privatizar e alienar bens insubstituíveis de nossa Pátria: "Umbrella Deal".

Para a denúncia que Romulus apresentou, devidamente fundamentada que este pós-graduado em direito sabe constituir, à Polícia da Suíça, os nomes de Daniel Dantas, Dario Messer, Roberto Mangabeira Unger, André Esteves, Fernando Henrique Cardoso, da empresa Kroll são necessários para a investigação.

No entanto, para nós, que temos a obrigação estatutária de defender a Soberania e as Riquezas Nacionais, a Petrobrás, que está comemorando 67 anos de constantes lutas contra as mesmas forças que pretendem agora destruir o site Duplo Expresso, é fundamental identificar quem mantem estes e tantos outros agentes desde 1953.

Quem mantem e manteve FHC, Paulo Guedes, Assis Chateaubriand e tantos outros vendilhões da Pátria? Materialmente é o sistema financeiro internacional, a banca. Porém ideologicamente é um pensamento escravagista e abjeto, farsante e ardiloso: o liberalismo.

Considerado erroneamente como clássico do liberalismo, a obra de Adam Smith "A Riqueza das Nações" recebeu o seguinte esclarecimento do jovem analista político Felipe Maruf Quintas ("Adam Smith contra o liberalismo – o capital produtivo", Monitor Mercantil, 30/09/2020, Opinião):

"o centro da análise de Smith é a Nação, bem diferente do que propugnado pelo liberalismo, cujo astro-rei é o indivíduo e cuja dimensão coletiva é o mercado, constelação de indivíduos utilitaristas, sem vínculos de qualquer ordem entre si".

O liberalismo, vestindo as fantasias da liberdade, da competição, da democracia, é efetivamente a anti-civilização, a lei da selva, onde o estado mínimo protege os poderosos das necessidades de uma maioria despossuída. E, para isso, cria sistemas de governo onde prevalecem o interesse das finanças e a repressão de uma justiça parcial e seus braços armados. Em qualquer governo liberal ou neoliberal, o número de mortes violentas entre os jovens pobres e os socialmente excluídos é idêntico ou superior ao das mais sangrentas guerras.

E isto nos leva inclusive a temer pela própria vida do Romulus Maya. Nestes últimos anos no Brasil, onde a banca está no poder desde 1990, não têm sido poucas as mortes por acidentes inexplicáveis, cujas apurações nunca são conclusivas. Recordemos apenas um Ministro do Supremo Tribunal Federal e um candidato de tradicional família de políticos nordestinos à Presidência do Brasil.

Romulus Maya e seus convidados no Duplo Expresso têm revelado fatos de inequívoca gravidade que impossibilitam a defesa nacional e de nossas riquezas, a investigação da probidade dos gestores públicos, e tornar público escândalos como do Banestado e as contas CC5, provavelmente a maior evasão de divisas já ocorrida no Brasil.

Há na expressão de Leonel Brizola, "um mar de cumplicidades" que evita as investigações, os indiciamentos e, nem em sonhos, o julgamento de pessoas que se apresentam relevantes para a vida nacional. Quem vai lembrar que Fernando Henrique Cardoso foi o brasileiro que firmou o Consenso de Washington, que rege desde 1990 nossa administração pública. E que, Ministro das Relações Exteriores, em visita ao Japão, por solicitação do Presidente Itamar Franco, faz um desvio por Washington antes de retornar ao Brasil e, aqui chegando, troca as Relações Exteriores pelo Ministério da Fazenda (!).

No momento que as forças que sustentam esta situação anômala e indesejável para a reconstrução de nossa Pátria Soberana, para que haja efetivamente a construção da cidadania no Brasil, as denúncias do Duplo Expresso precisam continuar, o site deve ser mantido como um símbolo da liberdade de expressão e da livre manifestação do pensamento.

Estamos solidários a Romulus Maya e ao Duplo Expresso.

Associação dos Engenheiros da Petrobrás – AEPET