A Eni divulgou na sexta-feira (28) um lucro líquido ajustado de US$ 2,13 bilhões (1,935 bilhão de euros) no segundo trimestre, uma queda de 49% no ano. Os ganhos, no entanto, superaram a estimativa de consenso dos analistas de US$ 1,8 bilhão (1,64 bilhão de euros).

O lucro ajustado antes dos impostos caiu 41%, mas é "um resultado altamente robusto, dada a queda de 30% nos preços do petróleo bruto e com o preço do gás e a margem de refino caindo mais de 60%", disse a principal empresa italiana de energia.

O lucro antes dos impostos reflete ganhos resilientes de E&P com produção crescente e outra contribuição muito forte da divisão Global Gas & LNG Portfolio (GGP), disse a Eni.

Os ganhos da Eni foram “apoiados por um upstream sólido e crescente e outro excelente resultado na GGP”, disse o presidente-executivo Claudio Descalzi em comentários sobre o desempenho e resultados do segundo trimestre.

A empresa elevou sua orientação de EBIT ajustado para a divisão de gás para 2023 para US$ 3 bilhões a US$ 3,3 bilhões (2,7 bilhões a 3,0 bilhões de euros), acima da orientação anterior de US$ 2,2 bilhões a 2,42 bilhões (2,0 bilhões a 2,2 bilhões de euros).

Na divisão upstream, a Eni confirmou sua meta de produção de petróleo e gás para o ano de 2023 na faixa de 1,63-1,67 milhões de boe/d em um cenário de preço do petróleo de US$ 80 por barril. A produção no terceiro trimestre está prevista para ficar em torno de 1,63 milhão de boe/d.

“Considerando nossos resultados do primeiro semestre e o desempenho contínuo dos negócios que impulsiona a orientação elevada, temos uma posição sólida para pagar nossa primeira parcela trimestral do dividendo de € 0,94 por ação de 2023 em setembro e continuar nossa recompra de € 2,2 bilhões, iniciada em maio.”, disse Descalzi.

A Eni se junta a outras grandes empresas internacionais ao relatar lucros quase pela metade em comparação com um ano atrás, mas, ao contrário da Shell, TotalEnergies e Exxon, a empresa italiana superou as estimativas dos analistas.