Fontes renováveis representam 49,1% da matriz energética brasileira

Balanço Energético Nacional 2024 destaca crescimento de 3,6% na oferta interna de energia em relação ao ano anterior.

Publicado em 20/06/2024
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Geração hidrelétrica é firme e renovável - Foto: EBC

A participação de fontes renováveis de geração energética na Oferta Interna de Energia (OIE) aumentou de 45% em 2021 para 49,1% no ano de 2023, segundo o Balanço Energético Nacional (BEN) 2024 elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) em parceria com Ministério de Minas e Energia (MME).

Ao longo de 2023, a oferta interna de energia (total de energia disponibilizada no país) registrou um aumento de 3,6% em relação ao ano anterior.

A participação de renováveis na matriz energética foi marcada pela manutenção da oferta de energia hidráulica, crescimento da geração eólica e solar fotovoltaica e redução do uso das usinas termelétricas a partir de combustíveis fósseis como gás natural e derivados de petróleo.

Aumento da oferta doméstica

No caso da energia elétrica, verificou-se crescimento na oferta interna de 33,1 TWh (+4,8%) em relação a 2022. A participação de renováveis na matriz elétrica ficou em 87,9% em 2023.

Segundo o documento elaborado pela EPE, a geração solar fotovoltaica atingiu 50,6 TWh crescendo 68,1% e a sua capacidade instalada alcançou 37.843 MW, expansão de 54,8% em relação ao ano anterior.

A geração hidrelétrica se manteve estável, enquanto a geração eólica atingiu 95,8 TWh (crescimento de 17,4%) e a sua potência instalada alcançou 28.682 MW, expansão de 20,7%.

Dados de consumo

Pelo lado do consumo, o setor industrial apresentou acréscimo de 2,5 milhões de tep (tonelada equivalente de petróleo) em valores absolutos. Dentre as fontes que contribuíram para o aumento, destaca-se a eletricidade (+2,6%) e o bagaço de cana, com 26,1% de aumento em função da produção de açúcar associada ao setor de alimentos e bebidas.

Já o setor de transportes apresentou aumento de consumo de fontes energéticas de 4,4% em relação a 2022, por conta dos aumentos de 19,2% do biodiesel, de 6,9% da gasolina e de 6,3% do etanol (anidro + hidratado).

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De acordo com a EPE, o aumento do biodiesel se deveu ao incremento da mistura ao diesel fóssil para 12% (B12) a partir de abril de 2023. A produção de etanol a partir do milho apresentou crescimento de 32,4% em relação a 2022, sendo responsável por cerca de 16% de participação na produção deste biocombustível em 2023.

Como consequência destes movimentos, o setor de transportes do Brasil apresentou uma matriz energética composta por 22,5% de fontes renováveis em 2023, contra 22% do ano anterior.

O consumo final de eletricidade no país em 2023 cresceu 5,2%, sendo que os setores que mais contribuíram para este avanço em valores absolutos foram o Residencial que cresceu 14,1 TWh (+9,1%), seguido pelo Comercial que aumentou o seu consumo em 6,9 TWh (+7,1%) pelo Industrial, que cresceu em 5,7 TWh (+2,6%).

Fonte(s) / Referência(s):

Tatiane Correia
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