Petróleo é a causa de disputa territorial entre Venezuela e Guiana
A disputa entre a Venezuela e a Guiana em relação a Essequibo é antiga, decorrente de uma decisão arbitral de 1899, que deu o controle de Essequibo à então colônia britânica Guiana.

A Guiana acionou o Tribunal Internacional de Justiça e pediu-lhe que cancelasse um referendo planejado na Venezuela, pedindo aos eleitores que decidissem se Caracas deveria anexar a região de Essequibo, que contém recursos petrolíferos consideráveis.
A disputa entre a Venezuela e a Guiana em relação a Essequibo é antiga, decorrente de uma decisão arbitral de 1899, que deu o controle de Essequibo à então colônia britânica Guiana.
Receba os destaques do dia por e-mail
A Venezuela não aceitou a arbitragem e recentemente agiu para reforçar a sua reivindicação sobre o território com o referendo, anunciado em setembro. O Tribunal Internacional de Justiça afirmou no início deste ano que tem jurisdição sobre a questão depois de a Guiana o ter abordado em 2018 para decidir sobre a propriedade do território disputado. Uma decisão final sobre o assunto, no entanto, ainda pode demorar anos.
A exploração de petróleo em Essequibo, porém, não demorará anos. No início deste mês, a Guiana anunciou uma descoberta de petróleo na área disputada e concedeu licenças de exploração a oito empresas.
A Venezuela recusou-se a reconhecer a autoridade do Tribunal Internacional de Justiça na questão de Essequibo. Em resposta à abordagem da Guiana ao TIJ para impedir o referendo na Venezuela, o presidente Nicolás Maduro criticou a Guiana por “escalada de guerra”. Maduro também disse à Exxon e a outras empresas ativas na região que estavam agindo ilegalmente.
A região de Essequibo, que abrange 160.000 km2, compreende dois terços do território da Guiana e pode deter uma parte significativa das suas reservas de petróleo.
A disputa aumentou quando os EUA suspenderam temporariamente as sanções petrolíferas a Caracas, numa tentativa de aumentar o fornecimento de petróleo pesado para as refinarias da Costa do Golfo. O referendo na Venezuela, agendado para o início de dezembro, juntamente com o recente cancelamento das primárias da oposição, poderá provocar uma mudança de retórica em Washington e possivelmente até uma reposição das sanções.
Fonte(s) / Referência(s):
Gostou do conteúdo?
Clique aqui para receber matérias e artigos da AEPET em primeira mão pelo Telegram.