O que significa a vitória de Trump nos EUA?
"Eleição de Trump é 'verdadeira bofetada' nos seus 'vassalos' europeus.
Mais uma vez, um resultado eleitoral derruba as pesquisas divulgadas pela mídia hegemônica. No entanto, a vitória de Trump não chega a ser surpreendente. Em sua coluna Fatos&Comentários, o jornalista Marcos de Oliveira lembra que o resultado das eleições presidenciais nos Estados Unidos traz de volta do slogan "É a economia, estúpido!", criado em 1992 pelo economista e marqueteiro James Carville e acabou garantindo a vitória de Bill Clinton contra a reeleição de George Bush (pai).
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"Os números oficiais da economia ao final do governo democrata são bons: próxima do pleno emprego, inflação em queda, PIB em alta. Mas esses dados escondem a realidade de salários baixos, preços elevados e um suposto crescimento econômico que beneficia uma parcela mínima dos estadunidenses", argumenta Oliveira.
Já o jornal o Financial Times prevê uma onda protecionista que "provavelmente vai alarmar parceiros comerciais". A publicação avalia que a vitória de Trump pode dificultar ainda mais crescimento econômico da União Europeia (UE). "As declarações da cúpula da União Europeia (UE) em Bruxelas sobre a necessidade de mais investimentos de € 800 bilhões para promover o crescimento econômico e aumentar a competitividade agravaram a discórdia entre os países europeus", diz o Finacial.
Por sua vez, o russo Sputnik ouviu especialistas que são igualmente pessimistas quanto ao futura da UE. "A possível imposição de novas taxas alfandegárias norte-americanas sobre os produtos da Europa e o aumento dos gastos europeus com a defesa após a vitória de Donald Trump limitarão ainda mais o crescimento econômico da UE".
Conforme fonte do Sputnik, "a questão de como financiar a luta pela competitividade e mitigar a influência de Trump está varrendo a amizade coletiva e trazendo de volta velhas divisões (na UE)".
Já o site português Resistir.Info, considera que a vitória de Trump representa "uma verdadeira bofetada" nos seus "vassalos" europeus. "Com a mentalidade subserviente que os caracteriza, eles gostariam apenas de terem um patrão gentil (o que não é o caso do sr. Trump). Mas nem lhes passa pela cabeça defenderem a soberania nacional, o fim do apoio às guerras sujas no Médio Oriente e na Ucrânia, o desenvolvimento nacional, o restabelecimento de relações normais na Eurásia, ou o combate à ditadura do capital financeiro que estrangula os povos europeus. Continuarão a ser vassalos, mas agora tratados como tais pelo sr. Trump".
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