O chefe da OPEP criticou as alegações de que haveria apenas um vencedor na iniciativa de "eletrificar tudo".

“A OPEP não acredita que as fontes de energia estejam presas em um jogo de soma zero; nem a história da energia pode ser reduzida a uma sucessão de ‘eventos de substituição de energia’”, escreveu Al Ghais em um artigo publicado no site da OPEP.

“A realidade nos diz que o petróleo não opera isoladamente, separado de outros setores e indústrias. Em vez disso, tal é a versatilidade do petróleo e dos produtos derivados que eles desempenham um papel indispensável em uma série de outros setores e indústrias”, acrescentou o secretário-geral.

Como o petróleo é uma parte essencial da produção e transporte de materiais necessários para expandir as redes de energia para que possam acomodar crescentes parcelas de renováveis, os apelos para uma interrupção do investimento em petróleo e gás são irresponsáveis, de acordo com Al Ghais.

“Para simplificar: apelos para interromper novos investimentos em projetos de petróleo colocam em risco a produção de produtos de petróleo essenciais para o bom funcionamento e expansão da rede elétrica”, escreveu o secretário-geral da OPEP.

A OPEP e seu chefe criticaram recentemente as previsões de especialistas em energia e da Agência Internacional de Energia (AIE) de que o petróleo está a caminho de um pico de demanda nesta década e que as energias renováveis substituirão rapidamente grande parte da necessidade mundial de petróleo.

No mês passado, Haitham Al Ghais disse que o pico da demanda por petróleo não está no horizonte e criticou a previsão da AIE de que a demanda global por petróleo atingiria o pico antes de 2030.

“É um comentário perigoso, especialmente para os consumidores, e só levará à volatilidade energética em uma escala potencialmente sem precedentes”, disse ele.