Petrobrás: preços acima da paridade de importação abrem espaço para arbitragem
Preços do diesel da Petrobrás estão acima da paridade de importação

Após a recente queda nos preços do petróleo, os preços do diesel da Petrobrás (PETR4) estão 9% acima da paridade de importação, de acordo com as estimativas do Itaú BBA.
A estatal normalmente espera entender as tendências de preços antes de fazer ajustes, geralmente reduzindo preços antes de aumentá-los.
Nesse contexto, os preços domésticos mais altos de diesel podem aumentar as importações por distribuidores independentes, o que pode levar a um excedente de oferta e pressão sobre as margens.
Apesar disso, o BBA antecipa impacto mínimo no primeiro trimestre de 2025, já que os carregamentos importados recentemente chegarão no próximo mês.
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A Genial Investimentos também observou um ágio de cerca de 7% no preço do diesel, indicando que o derivado está atualmente com um preço superior em relação ao praticado internacionalmente (de R$ 3,58). No caso da gasolina, a corretora observou um patamar de preço condizente a paridade internacional.
Dentre os motivos para a estabilidade do preço da gasolina e o ágio no preço do diesel, a Genial destaca: (i) a depreciação do dólar, por volta de 5% nos últimos 2 meses; (ii) alta do preço do diesel em 6,4%, realizado em 31/01; e (iii) a queda do valor do petróleo Brent, com uma performance de menos 8% desde o início do ano até agora.
“Tais fatores contribuíram para que os preços praticados nas refinarias da Petrobrás apresentassem um valor mais alto, especialmente no caso do diesel”, explicam analistas da Genial.
Como navegar nesse cenário?
Após o movimento das ações após os resultados do 4T24, o BBA vê um dividend yield de 17% para a ação da Petrobrás (PETR4), ainda o melhor retorno entre as empresas sob sua cobertura. O BBA manteve classificação de compra e preço-alvo de R$ 49 por ação ordinária da estatal.
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