Os aumentos de preços ocorrem num momento em que os pesos pesados da OPEP+, a Arábia Saudita e a Rússia, prolongaram os seus cortes voluntários de produção, num esforço para equilibrar os mercados – e para cumprir a ameaça de Mohammed bin Salman de punir os vendedores a descoberto e os especuladores de petróleo que se atrevem a apostar contra Brent.

Mas apesar da promessa da Arábia Saudita de prolongar as suas quotas de corte de produção até ao final de 2023, a produção da OPEP aumentou de fato no mês de agosto, de acordo com o Relatório Mensal do Mercado de Petróleo (MOMR) divulgado também nesta terça-feira. Em agosto, a produção do grupo aumentou modestamente, em 113.000 bpd, à medida que os membros não sujeitos às quotas reduzidas, como o Irã e a Nigéria, aumentaram a produção. Entretanto, Arábia Saudita, Angola, Argélia e Venezuela estiveram entre os países que registraram quedas na produção em agosto em comparação com os níveis de Julho.

A perspectiva da OPEP para a procura global de petróleo para este ano manteve-se inalterada no seu MOMR, em 2,44 milhões de bpd.

Também sustentando os preços está uma tempestade na Líbia que fechou quatro terminais de exportação de petróleo no fim de semana, apertando ainda mais a oferta global de petróleo no que alguns dizem ser um mercado já apertado.

Os Estados Unidos, devem divulgar números de estoques de petróleo bruto e produtos petrolíferos que poderão aumentar ainda mais os preços caso haja outra queda nos estoques. Os analistas projetam que os estoques de petróleo bruto caíram mais 2 milhões de barris na semana passada.