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Rumos errados, farsas concretas

Em seus 70 anos, a Petrobrás merece outros rumos e pode oferecer muito mais ao Brasil.

Publicado em 26/10/2023
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Outubro ainda não terminou, mas as notícias no mercado internacional do petróleo trazem fatos concretos sobre a supremacia da geopolítica sobre as vontades dos mercados. Primeiro, o conflito entre Hamas e Israel não foi capaz de interferir na tendência de queda dos preços que já se apresentava antes do dia 7, início do conflito.

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Segundo, a despeito dos protocolos internacionais sobre a transição energética e da falácia do fim do ciclo dos combustíveis fósseis, duas das maiores petroleiras não estatais do mundo anunciaram negócios bilionários, reforçando seus portfólios de reservas provadas de óleo e gás. Primeiro foi a Exxon Mobil que pagou US$ 58,5 bi para assumir o controle da Pioneer, gigante na produção do shale. (Faça o que eu digo; não o que faço).

Como resposta imediata, a Chevron anunciou a compra da Hess por US$ 52 bi, garantindo assim acesso às gigantescas reservas da Guiana, na Margem Equatorial. (Petrolífera estadunidense Chevron paga US$ 52 bi por empresa na Margem Equatorial).

Aqui, no Brasil, fomos surpreendidos pela notícia de que a direção da Petrobrás abdicou de participar do 2º Ciclo da Oferta Permanente do regime de Partilha, promovido pela ANP. Com isso, abrem-se mais áreas do pré-sal para as empresas habilitadas, BP Energy, Chevron, Shell, Total e Petronas, o que intensifica a tendência do Brasil optar por se tornar um mero exportador de petróleo cru e importador de derivados.

Em esclarecedor artigo, Felipe Coutinho, vice-presidente da AEPET, demostra que a “Direção da Petrobrás aumenta o preço do diesel e segue com o PPI”. Coutinho afirma:

“A Petrobrás pode praticar preços inferiores aos paritários de importação (PPI) e obter excelentes resultados empresariais, com a recuperação da sua participação no mercado brasileiro e a maior utilização da sua capacidade instalada de refino.”

A insistência na farsa do fim do PPI e rumos errados adotados nestes primeiros dez meses da nova administração estão claros na entrevista que o presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates deu à TV Brasil 247, e que mereceu uma reação enfática de Felipe Coutinho, contestando as falas de Prates, como pode ser visto no vídeo abaixo:

https://youtu.be/i8d6qkFPzRM

Em seus 70 anos, a Petrobrás merece outros rumos e pode oferecer muito mais ao Brasil.

Darcy Ribeiro, um visionário

Há 101 anos, nascia em Montes Claros (MG), Darcy Ribeiro, um intelectual multifacetado, cujos estudos na antropologia permitiram uma nova compreensão do povo brasileiro.

Amigo e seguidor do educador Anísio Teixeira, realizou profundas reformas na Educação brasileira, quando ocupou cargos públicos.

Incansável e combativo, seguiu com sua produção intelectual até mesmo quando enfrentava o câncer que finalmente o levou em 17 de fevereiro de 1997. Definitivamente, foi o último grande pensador brasileiro do século XX.

Jornalismo AEPET
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