China diz que apoia o Brasil em resistência à 'intimidação' tarifária e na proteção de seus direitos
Afirmação foi feita pelo ministro das relações exteriores chinês, Wang Yi, ao assessor especial da Presidência brasileira, embaixador Celso Amorim. A China é o maior parceiro comercial do Brasil.
A China voltou a defender o Brasil contra as novas tarifas de 50% impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que entram em vigor nesta quarta-feira (6).
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Em ligação telefônica, o ministro das relações exteriores chinês, Wang Yi, afirmou ao assessor especial da Presidência brasileira, Celso Amorim, que a China apoia o Brasil na "defesa dos seus próprios direitos" e que na resistência ao "comportamento de intimidação" das tarifas excessivas.
Wang ainda afirmou que a China se opõe à "interferência externa irracional" nos assuntos internos do Brasil, sem citar diretamente os Estados Unidos. A informação foi divulgada em um comunicado divulgado pelo ministério de relações exteriores chinês.
Essa não foi a primeira vez que a China defendeu o Brasil contra o tarifaço de Trump. Em julho, quando o presidente dos EUA anunciou a taxa sobre os produtos brasileiros — a maior entre os países taxados — o gigante asiático já havia dito que as tarifas "não deveriam ser uma ferramenta de coerção, intimidação ou interferência."
"A igualdade de soberania e a não intervenção em assuntos domésticos são princípios importantes da Carta da ONU [Organização das Nações Unidas] e normas básicas nas relações internacionais", disse a porta-voz do ministério, Mao Ning, à época.
No mesmo dia, o ministro das relações exteriores da China também afirmou que "as tarifas dos Estados Unidos minam a ordem do comércio internacional".
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