PCC se torna a “maior empresa” do Brasil e… da Faria Lima
A megaoperação contra o PCC que expôs infiltração do crime organizado no centro nervoso do mercado financeiro: a Faria Lima
O crime organizado no Brasil teve sua face mais sofisticada e silenciosa revelada em uma megaoperação deflagrada – e vista como um escândalo no país ao ser conectada com o centro nervoso do mercado financeiro, apelidado de Faria Lima – a localização paulistana onde se encontra o que, até o momento, era referência de negócios.
Os alvos? Fundos de investimento, fintechs e o centro nervoso do mercado financeiro paulistano, a Avenida Faria Lima.
A investigação revelou um esquema bilionário de lavagem de dinheiro, com o PCC (Primeiro Comando da Capital) se infiltrando de forma estratégica na economia legal.
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O esquema, que não se limitava a crimes pontuais, atuava na cadeia produtiva de combustíveis, desde a importação até a venda em postos de gasolina. Fintechs e fundos de investimento eram as ferramentas que a organização utilizava para movimentar bilhões de reais de origem ilícita. A dimensão da operação surpreendeu as autoridades pela capilaridade e inteligência.
A ação das autoridades não só mirou os grandes líderes do esquema, mas também o patrimônio da organização, com o bloqueio de bens, imóveis e caminhões. A operação envia um recado claro de que o crime organizado não pode mais ser visto apenas como um problema de segurança pública, mas como uma ameaça à própria economia do país.
O sucesso da operação, como avaliaram as autoridades envolvidas, foi devido à integração entre instituições – principalmente entre a Polícia Federal e a Receita Federal.
“Essa operação é exemplar porque conseguiu chegar na cobertura do sistema, no andar de cima do sistema”, afirmou o ministro Fernando Haddad.
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